domingo, 27 de dezembro de 2009

Feliz 2010!?




Caramba, refletindo na vida, cheguei a uma conclusão... Como o tempo passa rápido! Parece que foi ontem o fim de ano de 2008. É um tanto estranho, todo o fim de ano eu reflito no que eu deixei de fazer, nas conquistas que obtive, no que eu devo melhorar... Enfim, todas essas coisas.

Às vezes, penso, penso demais e não a chego uma conclusão definitiva. Por que o mundo está assim? O que podemos esperar para o ano que ainda está por vir? O que será de nós, daqui a algum tempo? O fim, realmente estará próximo? Quem sabe daqui a dois anos...

Esse não foi um ano como qualquer outro. Muitas coisas aconteceram, umas boas, outras ruins. Pra mim, foi, e ainda está sendo, porque ainda não terminou, um ano cheio de conquistas. Minha vida está mudando, aliás, nossas vidas estão mudando...

Claro, esperamos sempre o melhor a cada dia que passa. Mas, a vida é uma só e devemos aproveitá-la o máximo que pudermos!

Espero que o ano que vem seja repleto de conquistas e realizações para todos nós. que nós possamos superar todas as nossas difuculdades! Que o mundo seja um lugar melhor, sendo que isso depende exclusivamente de nós!

Feliz 2010! Feliz Ano Novo!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fogo Morto (José Lins do Rego)

Acabei de ler "Fogo Morto", uma das obras de maior repercussão de José Lins do Rego. Nossa, estou pensando no livro, acho que esses pensamentos vão ficar na minha mente por um bom tempo. Confesso, que nunca fui muito interessado na literatura produzida no Brasil. Sempre achei os livros como "Dom Casmurro" de Machado de Assis e "O Cortiço" de Aluísio Azevedo, livros difíceis de serem lidos, talvez por causa do vocabulário, com palavras que nem têm mais nos dicionários, ou até mesmo o desenvolver das histórias das personagens.

Mas, depois de Fogo Morto, estou começando a gostar dos escritores brasileiros. Fogo Morto é simplesmente envolvente, rico em diálogos, as personagens são fascinantes, o leitor pode se identificar com uma deles, pois são pessoas comuns, sem muitas regalias, gente do povo.


(José Lins do Rego)

"Fogo Morto" vem de Engenhos que deixaram de funcionar, engenhos que pararam de moer cana-de-açúcar, que paralizaram suas atividades.

O livro divide-se em três partes, todas com 7 capítulos. A trama toda se passa na cidade do Pilar, cidade pacata, no interior da Paraíba, numa época em que o governo mandava e desmandava em todo mundo. A espessura do livro de início pode dar a impressão: "Eu não vou terminar de ler nunca." Mas demorei pouco mais de um mês. Comecei a lê-lo em 05 de outubro e terminei hoje. Aqui vou tentar fazer uma breve crítica sobre as três principais personagens do livro.



Mestre José Amaro - Artesão, homem de seu trabalho. O seleiro é a personagem inicial do livro, morador do Engenho "Santa Fé" possui uma esposa e uma filha, Marta, é tachado pelo povo de lobisomem, por possuir uma postura agressiva, sempre com respostas secas, homem de pouco falar, e possui hábitos noturnos. Sua filha é uma moça entrando na fase adulta, a menina enlouquece, mestre José Amaro vê-se obrigado a mandar a filha para o hospício. Mais tarde, como não bastasse a desgraça, é expulso do Santa Fé e é obrigado a deixar a casa que foi de seu pai. Contudo, não arreda os pés e encontra em um cangaceiro o capitão Antônio Silvino, a solução para esse problema. Vive sob a companhia de um negro bêbado o Passarinho. Ao final, é abandonado pela esposa que vai morar perto da filha, vê-se perdido neste homem, sem amor pelo que faz, sem ter motivos para sua exitência, se suicida com a faca de cortar sola para fazer arreios de sela.


(Mestre José Amaro e Capitão Vitorino interpretado no cinema)

Coronol Lula de Holanda - Uma figura rústica, arrogante, apresenta dupla personalidade durante a trama. O coronel Lula de Holanda é um homem importante, senhor de Engenho a beira da falência, casado com D. Amélia e tem uma filha, Neném, que é o motivo de sua existência. O coronel aparece no Santa Fé pela primeira vez no tempo em que este engenho era próspero e produtivo, sob o comando do sogro o coronel Tomás. O coronel Tomás morre de desgosto ao ver que o genro não levava jeito para senhor de engenho, sua esposa, mãe de D. Amélia, assume a posição de Senhora de Engenho. A sogra de Lula morre depois que Neném nasce. D. Amélia se entristece, pois perdera um filho e estava perdendo o amor do marido. O Coronel Lula vai vivendo às mínguas do que deixou o seu sogro, adquire epilepsia e não pode ficar nervoso, ou com raiva. Seu engenho é saqueado por Antônio Silvino, que acreditava que a família tinha ouro escondido na propriedade.


(Típica Casa de Engenho)

Capitão Vitorino - A figura mais marcante do livro, homem simples, opositor ao governo, tido como louco por alguns moradores do Pilar, tido como um homem de bom coração por outros. O capitão Vitorino Carneiro da Cunha é o típico brasileiro sonhador, aquele cara que quer transformar o mundo. O capitão não é rico, como os outros parentes da Várzea, que são donos de Engenho, mas como todo homem que se dê ao respeito Vitorino tem o seu orgulho. Tem uma esposa, D. Adriana, e um filho, Luis, que tem patente na marinha. Vitorino possui um apelido de que não faz gosto, o livro não descreve a sua origem, mas o povo o pertuba chamando-o de "Papa-Rabo", talvez por Vitorina estar sempre atrás de alguma figura importante. É um político atuante, sonha em transformar o Pilar. Vitorino nada teme, responde até mesmo com ignorância o capitão Antônio Silvino. O ápice da história de Vitorino é quando ele enfrenta o tenente Maurício, homem que a serviço do governo comanda sua tropa em busca de Antônio Silvino, o cangaceiro. Vitorino não é um camumbembe qualquer, é um homem de respeito, mas que de início o povo não leva tão a sério.

Acho que isso é Fogo Morto, um livro bom de se ler, apesar da história triste e dramática. Considerada a obra-prima de Lins do Rego, Fogo Morto é o romance da demência...

sábado, 14 de novembro de 2009

ENEM


"Estamos quase nas vésperas do ENEM, e sinceramente, me sinto tão desorientado, um tanto tenso. Pensei que quando fosse ser mais tranquilo. De uma hora pra outra me sinto como se fosse eu contra o resto do mundo, numa batalha sangrenta, onde vence quem for mais inteligente. O combate das mentes. É horrível ver o ENEM como uma espécie de carnificina, mas não vejo o ENEM como senão tal coisa.
O rigor das provas é o que mais me assusta. Eles não se importam com nossas condições financeiras, não se importam se temos que migrar para outras cidade para podermos realizar as provas, eles não pensam nisso! Na minha opinião, se queremos melhorar a educação a nível médio no Brasil, não é tornando o ENEM nessa guerra frustrante. Por que tudo isso?
Nosso futuro depende disso, nosso ingresso numa faculdade pública e consequentemente no mercado de trabalho depende unicamente disso.
O que podemos esperar? Será que vamos passar? Não deveriam pensar num sistema melhor de avaliação dos estudantes que querem iniciar uma vida universitária?"

sábado, 24 de outubro de 2009

The Cranberries e U2





Vamos concordar que os irlandeses possuem um quê, pra música, aliás durante um bom tempo e até hoje, tem-se produzido muita coisa legal por lá. Particularmente se escolhesse um país pra morar esse seria a Irlanda. Mas, voltando ao que nos interessa, vocês já perceberem que as letras do U2 e do The Cranberries têm uma espécie de analogia? Ou isso foi só impressão minha? Agora imaginem The Cranberries e U2 juntos? Já pensaram? Pois é... Seria o máximo não? Dolores trocando vocais com o Bono. Se isso já aconteceu, eu ando mal informado, pra ser sincero não faz tempo que tenho prestado atenção nessas duas bandas. U2 é bem remoto a minha época, The Cranberries estava no auge nos anos '90 e nessa época eu ainda usava fraudas. Hoje em dia tá tudo muito misturado... Ninguém tem estilo próprio. Todo mundo houve o que quer, ou melhor, todo mundo ouve o que entrou na trilha sonora dos filmes ou novelas, ou até mesmo o que está no playlist da MTV! Entendem o que quero dizer? Tá tudo muito misturado, muito pop, às vezes penso que tá muito estragado. Queria ter formado opinião, e viver na época em que a Cindy Lauper fazia richa com a Madonna, queria poder presenciar o surgimento do The Cranberries, e de outras bandas que marcaram épocas e arrastaram multidões consigo. É inegável que "quase" tudo está acessível hoje em dia. A internet sem sombra de dúvida foi uma revolução e tanto. Será que estamos fadados a ouvir o que todo mundo ouve? Será que a humanidade parou de escrever músicas realmente boas, e que façam pelo menos algum sentido!? Sinceramente, penso no futuro de nossos filhos que teram que conviver com esse por quê's por uma boa etapa de suas vidas! Hoje em dia não falamos mais de amor, falamos de guerra, violência, enfim... Temo que haverá um dia em que aboliram o amor, em todos os aspectos, deste mundo...

sábado, 17 de outubro de 2009

Coisa Com Coisa --------> Satisfazendo o Tempo

Nem tudo que queremos é o que podemos ter. Se tivéssemos tudo o que queriamos, que utilidade teriam os sonhos?
É estranho, nunca estar satisfeito, querer ter mais do que aquilo que se pode ter, sentir como se estivesse sempre faltando alguma coisa. E, afinal, como completar tal vazio?
Como podemos chegar a ponto de termos que fingir felicidade apenas para esconder as feridas que nos corroem por dentro? Todos julgam sem nada saber, condenam apenas por prazer. Mas não sabem o que realmente se passa por trás daquela máscara do jovem alegre e feliz, a que todos estão acostumados a ver.
Mergulhados em nossa arrogância deixando a vida lentamente passar. Acomodados com a nossa situação, sem ao menos tentarmos iniciar a mudança, a revolução das mentes. Portanto, que seja feita a nossa vontade, tanto aqui, quanto no inferno das nossas vidas. Afinal, ninguém tem culpa de ter o seu próprio jeito de ser.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Me Adora (Pitty)

Nova música de uma das minhas cantoras preferidas. Eu não sei o porquê, mas de alguma forma senti um arrepio e uma vontade de chorar quando a escutei... Talvez seja a letra, muito marcante... Como se a pessoa estivesse clamando por amor. Acho interessante a parte em que ela diz: "Só não desonre o meu nome!!!", como se dissesse, "tome cuidado com o que vai dizer, não vá se arrepender depois..." ou então "Me respeite, pois eu não sou qualquer um!!!" Bom, cabe a cada um a interpretação que lhe convier... Mas achei essa música sensacional. Abaixo segue a letra:

Pitty - Me Adora

Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
"Só não desonre o meu nome"

Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome

Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O último ano de escola... Laranja Mecânica




Meus amigos do terceiro ano - 2009

Escola São Francisco de Salles

domingo, 6 de setembro de 2009

Meus Germes... Perfil do Orkut I

Enfim, eu poderia estar fazendo algo mais importante, mas estou aqui a atualizar o meu perfil. Na verdade as pessoas têm necessidade de conhecerem-se umas às outras. No entanto, isso contrasta com aquele pensamento de que "nunca se conhece alguém por inteiro..." Mas não preciso dizer quem sou... quem me conhece sabe disso... Já que uma atitude vale mais que mil palavras, tomei a atitude de postar uma letra que julguei ter alguma coisa a ver comigo, ou que dissesse algo relacionado a minha personalidade, chega de blá-blá-blá... Aí está a música de que falo:

Sometimes (Pearl Jam)

Às Vezes

Grandes dedos espalhando tinta
Você é Deus e tem mãos grandes
As cores misturam-se
Os desafios, você dá a eles...
Busco minha parte.. devoto-me..
Meu pequeno eu..
Como um livro dentre muitos em uma estante...
Às vezes eu sei,
Às vezes eu me elevo,
Às vezes caio,
Às vezes não,
Às vezes me encolho de medo,
Às vezes eu vivo,
Às vezes ando,
Às vezes me ajoelho,
Às vezes não falo de absolutamente nada.
Às vezes eu falo com mim mesmo,
querido Deus...

Paranoias (agora sem acento, rsrs) que cheiram a espírito jovem:

"O que fazer quando anjos resolvem te abandonar?
E mãos amigas se transformam em punhais? E quando já souber voar, quando pensar que tem o mundo aos seus pés, e então o que vai ser? O que vai querer depois?
Bem-vindo, pequeno garoto, você já tem sua Laranja Mecânica! O mundo não é um lugar tão bonito? Ou você se iludiu quando te disseram isso?
Quando te roubarem o desejo de sonhar, volte pra casa pequena criança... O bom filho sempre retorna ao lar...
E o fim dessa história, tu o vives outrora... Já está tarde e o autor precisa ir embora..."

(Composta por mim mesmo, em momentos que nem eu sei explicar... Vai entender o que se passa na mente humana!)

"Se o suicídio é fatal, o que importa o final? Deveras, estamos perto do precipício e não se pode distinguir o que é certo do que é real!"

sábado, 18 de julho de 2009

Toxicidade - Toxicity

Um dia desses, me aconteceu uma coisa engraçada, mas ao mesmo tempo trite. Estávamos minha tia e eu esperando um ônibus que nos levaria ao terminal. Chegando ao local, havia um cara mal-encarado que nos olhava da cabeça aos pés. Passados alguns minutos o cara tirou de dentro da mochila uma sacola plástica contendo cola de sapateiro. De repente, um barulho estranho, o cara estava cheirando cola bem ao nosso lado! As outras pessos ficaram espantadas com a atitude desse cara, não demorou muito o cara saiu pra outro lugar. Na verdade não sei se o intento do cara era nos dar medo, ou chamar a nossa atenção.


Esse episódio me fez lembrar uma canção da banda System Of A Down, pelo fato de a música falar de um mundo sujo, um mundo porco, arruínado pelas mazelas do modernismo. O nome da música já diz tudo, em sua versão original, "Toxicity", seria a junção das palavras "toxic - tóxico" e "city - cidade", formando o termo que pode ser traduzido pro português como "Toxicidade". O videoclip da música é muito bom. Meio que tosco, sem muitos efeitos especiais, ao que parece foi direcionado por um dos integrantes da banda. Me amarro nas letras System, principalmente pelo fato de falarem de política, religião, filosofia, tudo isso muito mais misturados ao sons de guitarras, bateria, sons armênos e um pouco de metal, daqueles gritados. Muito bom! Quem nunca ouviu, vale a pena ouvir. System Of A Down é o tipo de banda "politicamente correta".

Abaixo seguem a letra, em versão traduzida, da música que estou falando:

Toxicity - Toxicidade (System Of A Down)

Conversão, software versão 7.0
Olhando para a vida através dos olhos de um marido cansado
Comendo semente como um passatempo
O tóxico de nossa cidade, de nossa cidade,

Ei, o que você quer com o mundo?
O que você possui é desordem, desordem,
Agora, em algum lugar entre o silêncio sagrado
Silêncio sagrado e sono
Em algum lugar, entre o silêncio sagrado e sono
Desordem, desordem, desordem

Mais madeira para os incêndios deles, vizinhos barulhentos
Devaneio de lanterna pegos nos faróis de um caminhão
Comendo sementes como um passatempo
O tóxico de nossa cidade, de nossa cidade,

Ei, o que você quer com o mundo?
O que você possui é desordem, desordem,
Agora, em algum lugar entre o silêncio sagrado
Silêncio sagrado e sono
Em algum lugar entre o silêncio sagrado e sono
Desordem, desordem, desordem

Ei, o que você quer com o mundo?
O que você possui é desordem, desordem,
Agora, em algum lugar entre o silêncio sagrado
Silêncio sagrado e sono
Em algum lugar, entre o silêncio sagrado e sono
Desordem, desordem, desordem

Quando eu me tornei o sol
Eu iluminei vida nos corações do homem
Quando eu me tornei o sol
Eu iluminei vida nos corações do homem...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Uma Laranja Mecânica


Lembro-me de uma vez, em uma das adoráveis aulas de Sociologia, em que estudávamos sobre as mazelas da sociedade (violência, marginalização, pobreza) vi uma indicação no tópico de "filmes sugeridos" no livro de Pérsio Santos de Oliveira: Laranja Mecânica.
Aquilo me intrigou, não sei porque mas uma voz me dizia que eu "tinha" que assistir àquele filme. Pois bem, dito e feito. Recorri à internet para obtê-lo, mas um filme dos anos 70, onde eu encontraria um filme tão antigo?
Fiquei sabendo que o filme era baseado numa obra de um grande escritor, Anthony Burgess, considerado o "último dos literários", findou que comprei o livro, que na verdade nem li de imediato. Muitas coisas são assim: a gente compra e tal, mas não sabe se vai usar um dia, seja uma roupa, um livro, um sapato, etc., o que se sabe é que isso vai estar sempre lá, pro dia em que você precisar.
Foi quando dei mais atenção às minhas coisas, pensava comigo mesmo "pô tem um monte de livro que nunca li, apesar de tê-los faz um bom tempo!" Então peguei Laranja Mecânica e comecei a passar meus dedos sobre sua capa, isso pode parecer bizarro, mas uma sensação de que eu tinha que ler aquele livro tomou conta de mim.
Foi o que eu fiz. Li o livro, e pensava: "Que doidera é essa? Que palavras são essas? De onde esse cara as tirou? Isso é incrível, incrível, uma das melhores coisas que já li."
O livro é simplesmente fantástico, perverso, cruel, sarcástico, imoral, mas se for lê-lo a fundo, perceberás que ele tem uma mensagem bacana, o que difere dos outros livros de ficção científica algo bem distante de Steven Spielberg em muitos aspectos. Laranja Mecânica é o tipo de livro que todo mundo tem que ler, apesar de a leitura parecer absurda no seu início, mas quando atingido o ápice da mesma, é impossível não querer saber como termina a história. Que fim afinal levará Alex DeLarge?

SOBRE O LIVRO:

"Laranja Mecânica (A Clockwork Orange no original) é um livro de Anthony Burgess escrito em 1962. Conta a história de Alex, um garoto que juntamente com outros jovens da sua gangue (Pete, Georgie e Tosko, também chamado no filme de Jim) praticam roubos, espancamentos, estupros por toda uma Londres arrasada de um futuro indeterminado. Alex pratica a violência por puro prazer, assim como a maioria dos jovens da sua idade.
Burgess causou grande estranhamento em seus leitores por conta do vocabulário de Alex, cheio de gírias nadsat - termos eslavos e palavras rimadas que exigem dedução para o entendimento.
O livro chocava também por sua violência e os conflitos éticos que cercavam o jovem Alex, suas punições e a sociedade.
Seu título provém de uma expressão anglo-saxã "As queer as a clockwork orange", ou, em uma tradução simplificada, "Tão bizarro quanto uma laranja mecânica".
Foi adaptado ao cinema por Stanley Kubrick em 1971.

ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA:

Ambientado numa Inglaterra num futuro indeterminado, o filme mostra a vida de um jovem, chamado Alex DeLarge, cujos gostos variam de música clássica (Beethoven), a estupro e ultraviolência. Ele é o líder de uma gang de arruaceiros, aos quais se refere como "druguis" (palavra originária do russo druk, amigo). Alex narra a maioria do filme em "Nadsat", um idioma que mistura o russo, o inglês e o cockney (por exemplo, rozzer é polícia, drugo é amigo, chavalco é cara, moloko é leite). Alex é irreverente e abusa dos demais; mente para seus pais para faltar da escola.
Alex leva seus droogs a invadir uma casa, golpeiam um escritor que vive nela e estupram a sua esposa, enquanto Alex canta Singin' In The Rain. Depois, lida com uma tentativa de golpe de um seus droogs subordinados.
Depois de faltar às aulas, seduz a duas adolescentes em uma loja de discos; apesar de não reconhecer o nome de suas estrelas favoritas, este as leva para sua casa e tem relações sexuais com ambas.
Posteriormente, Alex é capturado durante um assalto, traído por seus droogs (um ao qual Alex tinha cortado a parte superior da mão direita por ter desrespeitado sua autoridade na gang). Alex é golpeado no rosto com uma garrafa de leite e fica cego, de forma temporária, na cena do crime. Essa cegueira permitirá sua captura. Depois de ser preso, descobre que a vítima do roubo morreu: Alex é um assassino. É sentenciado a 14 anos de prisão.
Depois de ter cumprido dois anos de prisão, ele consegue a liberdade condicional, e se submete ao tratamento Ludovico, uma terapia experimental de aversão, desenvolvida pelo governo como estratégia para deter o crime na sociedade. O tratamento consiste em ser exposto a formas extremas de violência, como ver um filme muito violento. Alex é incapaz de parar de assistir, pois seus olhos estão presos por um par de ganchos. Também é drogado antes de ver os filmes, para que associe as ações violentas com a dor que estas lhe provocam.
O tratamento o torna incapaz de qualquer ato de violência (nem mesmo em defesa própria), bem como de tocar uma mulher nua. Como efeito secundário, também não consegue ouvir a 9ª Sinfonia de Beethoven — que era sua peça favorita.
Sem a capacidade de se defender, e de ter sido desalojado por seus pais (estes alugaram sua casa a um hóspede, entregado seu som e tesouros, e aparentemente mataram Basil, sua cobra de estimação), Alex desanimadamente perambula por Londres. Ele encontra a velhas vítimas e dois de seus antigos droogs (agora policiais) que lhe golpeiam e quase afogam.
Alex vaga pelos bosques até chegar à casa do escritor cuja esposa havia estuprado. O escritor o deixa entrar antes de descobrir sua identidade; logo, droga a Alex através de uma garrafa de vinho que ele o faz beber e tenta fazê-lo se suicidar tocando uma versão eletrônica da Nona Sinfonia de Beethoven. Alex se joga de uma janela, mas sobrevive.
Depois de uma grande recuperação no hospital, Alex parece ser o de antes. No hospital, o Ministro de Interior (que havia antes selecionado Alex pessoalmente para o tratamento Ludovico) visita Alex, desculpando-se pelos efeitos do tratamento, dizendo que só seguia as recomendações de sua equipe. O governo oferece a Alex um trabalho muito bem remunerado se ele aceitar apoiar a eleição do partido político conservador, cuja imagem pública se viu seriamente danificada pela tentativa de suicídio de Alex e o polêmico tratamento ao qual foi submetido. Antecipando seu regresso, Alex narra o final do filme: "Definitivamente, estava curado" enquanto se vê em uma fantasia surreal dele mesmo transando com uma mulher na neve, rodeado por damas e cavaleiros vitorianos aplaudindo, e pode-se escutar o último movimento da Nona Sinfonia ao fundo.
(Fonte: Wikipédia)


Enfim, isso é Laranja Mecânica, algo diferente de tudo o que eu já vi, e de tudo que eu já li.

O Retorno

Ai, ai... Faz tempo que abandonei este meu filho... e agora sinto falta de escrever nele. O bom filho sempre retorna a casa paterna, neste caso. O mau pai, que abandona o seu filho, retorna para buscá-lo. Aqui é o meu refúgio... Aqui é onde eu coloco os meus pensamentos, meio que pra esparecer, ou pra organizar as ideia. Esse é o meu retorno ao blog que eu criei. E que de uns tempos pra cá anda às moscas!!! Oh tristeza, quisera ser um P. C. para viver também de blog.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Resistência - A história de uma mulher que desafiou Hitler


Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres posto um trecho do livro de Agnès Humbert, Resistência - A história de uma mulher que desafiou Hitler. Fala sobre mulheres na guerra, muito interassante pois nada é fictício todos os fatos são puramente verídicos... Agnès pode representar o símbolo da luta, coragem e resistência feminina.

Krefeld, 15 de janeiro de 1943

...Já faz 15 dias que opero sozinha minha máquina, com as mãos e os braços queimados pelas viscose. Meu pé não me dá descanso. Os carrinhos parecem muito pesados de empurrar; as bandejas de seda, muito difíceis de erguer. Na máquina, tudo racha e se quebra, e me irrito mais do que as palavras são capazes de expressar. Eu, que não sabia o que era chorar, aprendi aqui. Diariamente, na saída do trabalho, as lágrimas escorrem pelo meu rosto. Não sinto vergonha, nem tenho o pudor de desfarçar. Henriette me conduz, faz e desfaz minha toruxa de roupas civis no vestiário, pois o estado dos meus dedos me impede de desamarrar um barbante. A dedicação de Henriette é espantosa! Só tenho um consolo: saboto o melhor que posso. Quando uma "torta" se mostra particularmente bem-feita, eu a esfrego com força na bandeja. Enquanto está molhada, ninguém é capaz de ver que a seda não é perfeita. Quando secar, os fios estarão tão eriçados e impossíveis de desembaraçar. Também tenho uma boa artimanha, que ponho em prática com frequência, que consiste em quebrar as rodas dentadas sob a máquina e deixar determinados panelões inutilizáveis o dia todo, no mínimo, pois o mecânico tem muito a fazer e felizmente não costuma estar disponível. Quando consigo sucesso numa sabotagem, sinto o coração mais leve. É uma espécie de cerimônia expiatória... peranta a minha consciência.
Meu pé dói casa vez mais, o enchaço aumenta, a cor se torna sinistra e o odor, infecto. Finalmente concordam em me levar ao posto de saúde. Herr Scherer, o enfermeiro, a nata dos corajosos, exige, com perplexidade estampada no rosto, me ver diariamente.
Eu ainda estava meio adormecida hoje de manhã quando Tonton passou pela minha cama e viu minhas mãos. Ela é médica, e minhas mãos a interessam.
_ Puseram pomada ontem - disse ela -, eles exageraram...
Semi-acordada, respondo:
_ Chegue mais perto, sua boba. Isto não é pomada, é pus.

domingo, 8 de março de 2009

O Dia Internacional das Mulheres


No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

"A mulher, é a força matriz da humanidade, o fluxo sanguíneo, nas artérias do planeta terra".

sexta-feira, 6 de março de 2009

Behind Blue Eyes (Limp Bizkit)


Atrás dos Olhos Azuis

Ninguém sabe como é
Ser o homem mau
Ser o homem triste
Atrás dos olhos azuis

Ninguém sabe como é
Ser odiado
Ser destinado
Para contar apenas mentiras.

Mas meus sonhos não são vazios,
Como minha consciência parece ser
Eu tenho horas, sozinho
Meu amor é a vingança
Que nunca está livre.

Ninguém sabe como é
Sentir esses sentimentos
Como eu sinto
E eu culpo você.

Ninguém engana-se dificilmente
Na sua raiva
Nada de minha dor é como a desgraça que
Pode mostrar a verdade.

Mas meus sonhos não são vazios,
Como minha consciência parece ser
Eu tenho horas, de pura solidão
Meu amor é a vingança
Que nunca está livre.

Ninguém sabe como é
Ser maltratado
Ser derrotado
Atrás dos olhos azuis.

Ninguém sabe como falar
Que está arrependidos
E não se preocupe
Não estou mentindo.

Mas meus sonhos não são vazios,
Como minha consciência parece ser
Eu tenho horas, de pura solidão
Meu amor é a vingança
Que nunca está livre.

Ninguém sabe como é
Ser o homem mau
Ser o homem triste
Atrás dos olhos azuis.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Madrigal (Shakespeare)


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a trsiteza de uma criança. Aprende a contruir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la...
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam...
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Decobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo... mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão... e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que seus sonhos são bobagens... Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama de jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga você em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente por suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem mais valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traídoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

Shakespeare

domingo, 22 de fevereiro de 2009

É o que me interessa...


Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Querer Depois...

"... e depois, então,
que conquistar o último desafio
quando aprender a voar
quando achar que já tem tudo
o que vai querer depois?"

(Pitty)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Afinal, por que vivemos?


Afinal, o que nos faz viver? O que nos motiva a estar todos os dias disposto a encarar mais desafios? Qual o motivo da nossa existência? Por que a vida é um dom tão especial? Talvez o mundo pudesse ser um lugar mais agradável... Mas afinal reclamamos do quê? Quando na verdade deveríamos estar felizes por estarmos vivos. O mundo não perdoa, parece que ele realmente foi feito para aqueles que são fortes, que persistem, que enfrentam os desafios, que mesmo perdendo se levantam e tentam de novo. Mas então, por que o medo nos persegue? Por que ainda dormimos de portas e janelas fechadas para o mundo?
Do que adianta eu pedir paz pra humanidade, enquanto eu não tenho paz comigo mesmo? O que falta? Seria o presságio de tempo ruins que estão por vir, ou quem sabe sensações de algo melhor que estão acontecendo? O que é, afinal, essa força invisível que nos impussiona a sentir o que sentimos, que nos faz agir por instinto?
O que será que está reservado para nós? Qual será nosso destino? Estaríamos realmente caminhando para a autodestruição?
Utopia, ou loucura eu não sei... Só sei que as coisas mudam e temos que nos adapatar a essas mudanças, o mundo já não é mais o mesmo, as pessoas já não são mais as mesmas. Resta a nós lutar para obter nosso lugar ao sol...

Em tudo que a natureza opera, ela nada o faz bruscamente."
(Lamarck)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Quem vai queimar?"


Calamidade social, descrita em uma letra de música...

Encaixotem os livres
Desinfectem os cantos
Estuprem as mulheres
Brutalizem os homens
Despedacem os fracos
Enfeitem a moda
Sodomizem as crianças
Escravizem os velhos
Fabriquem as armas
Destruam as casas
Façam render a Guerra
Escolham os Heróis!

E queimem as bruxas
Deixa Queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Empurrem conselhos
Forneçam as drogas
Engulam a comida
Disfarcem bem a culpa
Protejam a igreja
Perdoem os pecados
Condenem os feitiços
Decidam quem vai morrer
Contaminem a escola
Violentem os virgens
Aprisionem os livros
Escrevam a história

E queimem as bruxas
Deixa Queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Quem ordena a execução
Não acende a fogueira

Pai rogai por nós...

E queimem as bruxas
Deixa Queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Zadig ou O Destino


Livro de Voltaire, muito interessante. Zadig é a história de um cidadão de Babilônia, sempre envolvido em peripécias que o destino lhe reserva. Sua vida é feita de altos e baixos que se sucedem de uma maneira que, à primeira vista, perecem inconcebíveis e fora de propósito. Mas o destino é feito de surpresas. Aliás, ele próprio é uma surpresa, é o novo que evolui e involui, que se completa, se faz e refaz, que abre seus caminhos onde não os há, que oferece e tira, que constrói e destrói, que alegra e entristece, que projeta o futuro, realiza o presente e leva a recair no passado. Em suma, consegui extrair as seguintes reflexões do livro:

"É preferível arriscar-se a salvar um culpado que condenar um inocente."

"Quando comeres dá de comer aos cães, ainda que te mordam."

"Um amigo vale mais que cem padres."

"Os mais implacáveis ódios não têm muitas vezes causas mais importantes."

"A oportunidade de fazer o mal aparece cem vezes por dia e o de fazer o bem, uma vez por ano." (Zoroastro)

"Sempre prazer não é prazer." (Sadder)

"A gente acha que é menos infeliz quando não é infeliz sozinho."

"Quando somos amados por uma bela mulher sempre nos livramos de complicações neste mundo." (Zoroastro)

"O homem não pode dar a si próprio nem sensações, nem idéias, recebe tudo; a dor e o prazer lhe vêm de fora, como sua existência."

"Os homens julgam tudo sem nada conhecer."

"Os maus são sempre infelizes: servem para pôr a prova um reduzido número de justos espalhados sobre a Terra e não há mal do qual não resulte um bem."

(Zadig ou O Destino - Editora Escala, Segunda Edição)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Parabéns Gieyse!!!


Hoje a minha irmã Gieyse faz 16 anos de vida, dedico esta postagem em homenagem a ela.

Pois é, um dia percebemos o quanto tempo passa... E lamentamos dizendo consigo mesmo: "Pôxa, parece que foi ontem!!!" Mas com o passar do tempo não percebemos que pessoas maravilhosas sempre estão ao nosso redor, nos apoiando, nos iluminando, nos ajudando a trilhar esses caminhos tortuosos daquilo que denominamos de vida. Pessoas assim são iluminadas por seres divinos, pois vieram a Terra unicamente com a missão de trazer alegria aos que estão próximos de si. Apesar das diferenças, apesar das divergências, mantemo-nos sempre unidos, pois estamos interligados inseparavelmente pela linha que traça nossos caminhos... Apenas queremos ser felizes, e ter as pessoas que gostamos ao nosso lado nos faz feliz. Há todo momento, a todo instante, sempre haverá alguém com que tu poderás contar. Uma vez me disseram que mais vale uma amizade verdadeira, do que um baú cheio de tesouros... E é esse sentimento tão forte e puro que nos dá energia para enfrentarmos com perseverança mais uma jornada. É exatamente isso, algo indescrtível, que nos fortalece... Se tentasse resumir o que sinto numa palavra diria: amizade...
Minha querida, quero que saibas que podes sempre contar comigo... Te desejo um Feliz Aniversário, que todos os teus planos e sonhos se realizem, que nossa amizade torne-se cada vez mais sólida... Saúde, paz, amor, sucesso...

George - O Garoto Aprendiz... (Talvez aquele que tenha sido nada mais que um sonhador...)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não se pode ter tudo...

Hoje, aniversário de meu pai... Dedico esta postagem a ele, na verdade vou contar uma história em que ele é um dos principais personagens...
Devia estar na terceira, ou na quarta série quando isso aconteceu. Estudava com cerca de uns trinta colegas, um desses colegas era bem sucedido, o tipo de garoto que todo mundo quer ser amigo, só porque ele tem dinheiro. O garoto tinha pais que davam a ele tudo o que ele queria, não era o mais inteligente da turma, mas era o que tinha todos os recursos pra obter tal posto, tinha dinheiro, acesso a todo tipo de informação, exceto internet, pais nem um tanto dedicados. Via como ele se comportava, sempre com um tênis diferente, roupas novas, cadernos novos, ele podia fazer o que quisesse, a hora em que quisesse. Tamanha era minha infantilidade, que também queria ser como ele, o garoto que podia ter tudo, ou que podia ser tudo... Tamanha era minha indignação, e perguntei pra mim mesmo: "Pôxa, por que essa garoto pode ter tudo e eu não?"
No dia seguinte, lancei a mesma pergunta ao meu pai, ao que ele me explicou:
_ George, a família desse moleque tem dinheiro, mas imagino o dia em que os pais dele morrerem? Os filhos não saberão lidar com os negócios da família... Além disso, na vida não se pode ter tudo o que ser quer. Lute, estude, para ter o que é seu...
Isso que meu pai me falou me tocou de tal forma que até hoje eu nunca esqueci dessas palavras.
"Pai, sei de todos os esforços que tens passado pelo nosso bem, por nos proporcionar uma vida confortável, por nos dar a certeza de um futuro melhor, por fazer de nós uma família, por ser o pilar essencial nessa obra que construíste pensando unicamente em nós. Quero que tu saibas que felicito-me em ser teu filho, e farei o possível para fazer valer todo o esforço que fizeste e ainda fazes por nós... Feliz Aniversário, pai, que as forças divinas te conservem com saúde, paz, harmonia, sucesso... Muito obrigado por tudo... Muito obrigado por me permitir a existência..."

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Não ri deles, ri com eles...


Lembro me dia um dia em que estávamos meu filho e eu passeando por uma cidade, era um lugar desconhecido e nós só estávamos alí de passagem. Um povo diferente, com modos e hábitos diferentes. Meu filho ficava deslumbrado com cada coisa que via, e fiquei surpreso em ver tamanha alegria em seu rosto, fazia um bom tempo que não o via assim.
Encontramos um grupo de moradores, que jogavam baralho e bebiam cerveja bem próximo a uma esquina, falavam e riam alto. No momento em que nós passamos, eles pararam o jogo e perguntavam entre si, quem nós éramos e o que fazíamos por lá.
Eu num gesto amistoso comecei a sorrir... Meu filho surpreso com minha atitude logo me indagou:
_ Pai, por que o senhor riu deles?
Ao que eu expliquei:
_ Não meu filho, não ri deles, ri com eles...

"Dizem que o sorriso é o primeiro passo para a comunicação, então se alguém voltar o olhar pra ti, apenas sorria... Pois esta pessoa pode ser tornar uma grande amiga tua... Ofereça um sorriso a quem precisa!!!
Produzido por George de Oliveira - O Garoto Aprendiz... "

Barcelos, 15 de fevereiro de 2009.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Nariz

Um dia Azora voltou de um passeio muito encolerizada e deixando escapar grandes reclamações.
_ Que tens, minha querida esposa? Quem pode te deixar assim fora de ti mesma? - perguntou Zadig.
_ Ah! Ficarias como eu - respondeu - se visses o espetáculo de que acabo de ser testemunha. Fui confortar a jovem viúva Cosru, que há dois dias eregiu um túmulo para sei jovem esposo, junto do riacho que banha essas pradarias. Em sua dor, prometeu aos deuses que ficaria junto do túmulo enquanto as águas desse riacho corressem ao lado.
_ Pois bem! Disse Zadig, aí está uma mulher honrada que amava verdadeiramente seu marido!
_ Ah! Replicou Azora, se soubesses em que se ocupava quando fui visitá-la!
_ Em que, minha bela Azora?
_ Estava mandando desviar o riacho.
Azora se derramou em invectivas tão longas, explodiu em recriminações tão violentas, que essa ostentação da virtude não agradou a Zadig.
Ele tinha uma amigo chamado Cador que era um desses jovens quem sua mulher atribuía mais probidade e mérito que aos outros: fez dele seu confidente e se assegurou, como podiam de sua fidelidade, dando-lhe um valioso presente.
Azora, que passara dois dias no campo em casa de uma amiga, voltou para casa no terceiro dia. Criados em pranto lhe anunciaram que o marido morrera subitamente naquela noite e que não tinha coragem de levar-lhe essa infausta notícia, mas que acabavam de seputá-lo no túmulo de seus pais, no fundo do quintal. Ela chorou, arrancou os cabelos e jurou morrer. À noite, Cador pediu permissão pra lhe falar e os dois choraram.
No dia seguinte choraram menos e almoçaram juntos. Cador confessou que o amigo lhe deixara a maior parte de sua fortuna e deu a entender que a maior aventura, para ele, seria compartilhá-la junto com ela. A mulher chorou, se irritou e se acalmou; o jantar foi mais demorado que o almoço; falaram-se com mais confiança. Azora fez o elogio do defunto, mas confessou que Zadig tinha alguns defeitos dos quais Cador estava isento.
No meio do jantar, Cador se queixou de uma dor violenta no baço; a jovem viúva, inquieta e solícita, mandou trazer todas as essências com que se perfumava, a fim de ver se alguma não haveria de servir para a dor no baço; lamentou muito que o grande Hermes não estivesse mais em Babilônia; dignou-se até tocar o lado onde Cador sentia dores tão agudas.
_ Estás sujeito seguidamente aos ataques dessa cruel doença? - perguntou ela, cheia de compaixão.
_ Leva-me às vezes a beira do túmulo - respondeu Cador. Só há um remédio que me dá alívio: é aplicar no local o nariz de um homam falecido na véspera.
_ Estranho remédio! Disse Azora.
_ Não mais estranho - respondeu - que os saquinhos do senhor Arnou* contra a apoplexia. (*Havia nessa época, um habitante de Babilônia, chamado Arnou, que curava e prevenia todos os ataques de apoplexia com um saquinho pendurado ao pescoço.)
A esta razão, juntamente com os extraordinários méritos do jovem, a mulher finalmente se convenceu.
"Em todo caso - disse ela - quando meu marido, na ponte de Tchinavar, passar do mundo de ontem para o mundo de amanhã, será que o anjo Asrael deixará de lhe dar passagem, só porque seu nariz vai ser um pouco menos longo na segunda vida do que na primeira?"
Tomou, pois, uma navalha, foi ao túmulo do esposo, regou-o de lágrimas e se aproximou para cortar o nariz de Zadig, que encontrou estendido na tumba. Zadig se ergueu, defendendo o nariz com uma das mãos e detendo a navalha com a outra.
_ Senhora, disse ele, não xingues mais tanto assim a viúva Cosru; o projeto de me cortar o nariz é igualzinho àquele de desviar o riacho.
*Texto retirado do livro "Zadig ou o Destino" de Voltaire. (Col. Grandes Obras do Pensamento Universal - 29, Editora Escala)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Be Myself (Ser Eu Mesmo)










O que vale nessa vida é o que se vive é o que se faz...

Mas o que pode se esperar de uma pessoa que não pode
sonhar

Como ele pode ter o que ele está tão longe
Na vitrine coisas que ele nunca vai poder ter
Se ninguém o ajudar o que ele vai fazer?
Onde vai morar e o que vai ser quando crescer?

Quando vem da rua,
que é sua, que é minha, que é de ninguém
É tudo uma ilusão e você sabe muito bem

Impunidade, hipocrisia, dançam de mãos dadas
O hino nacional de uma nação condenada

A sociedade prega o bem
Mas o sistema só alimenta o que é mal

Se a nossa cara é prosperar,
o povo tem que evoluir também

Quase de manhã, mais uma noite no vazio
me auto-desafio, lá fora o mundo louco
sem perdão nem compaixão

A combustão em rota de colisão
A sinfonia da destruição
Vivendo o sonho e também o pesadelo
Vendo o mundo regredindo entre a fé e o dinheiro
Saudades do meu pai e dos amigos que morreram
Mas o que o velho me ensinou eu jamais me esqueço
Seja lá como for, na vida tudo tem seu preço

No mundo, o falso e o verdadeiro se confundem
Mas os que sabem jamais se iludem
Não é fácil encontrar o caminho
Mas é bom olhar pro lado e ver que não estou sozinho...

Todo o mal que é dirigido a nós
Nos fortalece e eu não vou desistir
(O que vale nessa vida é o que se vive é o que se
faz)
Nas armadilhas que eu cai
Eu fiquei só e ninguém viu
(O que vale nessa vida é o que se vive é o que se
faz)

O que pode se esperar de um ser humano perdido?
Que ele viva como nunca fosse morrer?
Ou que ele morra como nunca tivesse vivido?
O que pode se esperar de uma pessoa que não pode
sonhar

Eu quero pensar sobre o amanhã
Porque amanhã eu quero estar com você
Não quero viver em uma tristeza calma
Mas esse é o jeito que o mundo seguirá
Está tudo em minha cabeça
Só quero ser eu mesmo por alguns momentos
Só quero ser eu mesmo

Acostumado desde cedo com a desgraça
em temporada de caça, um subnutrido
vítima da farsa, se formou na escola do crime
hoje o oprimido é quem oprimi

Uma alma carregada de ódio e amor
Mas muito mais ódio que amor
O aluno e também o professor
que ensina qualquer um que não sabe dar valor
à vida que tem ou à casa que mora
que vive sorrindo enquanto ele chora

Só mais um de milhares que se espalham
vítima dos nossos governantes que falharam

Todo o mal que é dirigido a nós
Nos fortalece e eu não vou desistir
(O que vale nessa vida é o que se vive é o que se faz)
Nas armadilhas que eu cai
Eu fiquei só e ninguém viu
(O que vale nessa vida é o que se vive é o que se faz)
Eu só quero ser eu mesmo

Sim! Sim! Jogue em sua posição
Porque o mundo faz do homem
Pequenos brinquedos visionários
Meus pecados podem ser perdoados
Basta ter fé apenas
Você poder fazer o que quiser
Bastar ser desse jeito, então não bobeie
Porque o mundo é cruel?
Viva pela espada, então morra pela espada
Quando eu estou procurando por um lugar no meio da guerra
Entre negros e brancos, entre ricos e pobres
Apenas nós podemos parar a bagunça do estrangeiro e de tudo

Trabalho muito, vivo a vida, skateboard estilo de vida
um brilho intenso e a humildade de uma mente evoluída.

O fim é só o começo... (Suicídio)


Temos que lidar com cada tipo de situação nesse alvoroço chamado de "vida". Umas nos servem de lição, outras só nos tiram do sério. E às vezes damos valor às coisas fúteis que esses tipos de acontecimentos nos proporcionam. E nesse exato momento, pensamentos estúpidos passam pela nossa cabeça. Parece que viver já não faz mais sentido. Ignoramos as coisas que vão passando instantaneamente pelo nosso caminho.
Você parece estar sozinho, ninguém mais te dá valor, parece ser ignorado pelos que te cercam. Você sorri e as pessoas sorriem contigo. Como você gostaria que elas soubessem com tu te sentes por dentro. No fundo você sabe que não encontra ninguém com quem possa falar francamente. As pessoas merecem ser ouvidas quando têm algo a dizer. E como você gostaria de conversar com alguém, mas não sabe em quem confiar, porque ninguém neste mundo ainda é confiável.
"Ninguém é perfeito" é o que dizem, mas parece que todos já estão cansados de ouvir essa frase. Então, só te resta o "Poço ou o Pêndulo" e você opta pelo que está mais fácil, pelo que está mais acessível. Você se libertará, o mundo já não tem mais serventia pra você, ou quem sabe você já não tem serventia pra ele.
E então você começa a lembrar de detalhes da tua vida, se dá conta de que aquilo ficou no passado, e reflete: "O fim é apenas o começo." E então você acaba com o seu sofrimento: parecido com um pêndulo, a dor acaba.
(Drama vivido por um suicida, imaginei o que deve se passar na mente de uma pessoa nesse estado, o texto é fictício, de minha autoria, assumo qualquer tipo de reponsabilidade com relação ao que escrevi, não sou maluco...?)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Meus 17 Anos...

Talvez esteja ficando mais velho, ou o mundo já esteja diferente. Mas sinto que chega uma etapa em nossa vidas que começamos a pensar: "Pô quanto tempo já passou..." E é nesta hora que sentimos vontade de voltar atrás e fazer tudo que não fizemos e gostaríamos de fazer, ou quem sabe, desfazer algo que não deveria ter acontecido, ou que pelo menos poderia ser evitado. É assim que me sinto, como se de repente, algo estivesse faltando... Estou agora começando a ter visões diferentes sobre as coisas. Vejo que nem tudo parece ser aquilo que realmente é. Sinto e reconheço que muito julguei que as coisas parecessem fáceis.
Aprendi que não posso ter tudo aquilo que eu quero, bom como eu sei que não quero ter tudo. Sinto necessidade apenas do que é essencial e pareço ser estranho perante o mundo por querer tão pouco ou por pensar tão baixo.
Mas não ligo, não me importo, não preciso ser igual a todo mundo para poder viver. Quero pelo menos um dia também poder dizer: "Eu consegui". Na verdade sinto que tudo pode estar a meu favor, bem como tudo pode estar contra mim.
Acredito que temos a capacidade incrível de mudar nosso destino, muitas das vezes nem nos damos conta disso. Acho que preciso ver o lado bom das coisas, no que eu faço, no que eu vivo e principalmente no que eu sinto.
Viver seria mesmo uma arte? Viver seria realmente uma benção? Ou quem sabe uma maldição? E a vida seria mesmo uma droga se eu começasse a ver as coisas de outra forma?
No fundo procuro mesmo a felicidade plena, e não aquela vivida de forma superficial...