segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A respeito de mim...

Dos piores qualitativos o melhor que já recebi foi o de "estranho". Não sei o porquê de as pessoas me julgarem assim, só sei que denota um ar de mistério que na verdade nunca existiu. Te julgam de toda e qualquer maneira e sendo assim, a gente é meio que taxado por adjetivos que não justificam aquilo que realmente somos. É fácil julgar sem nem mesmo antes conhecer.

Não vou dizer o que sou, tampouco como eu sou, mas tento ser um cara amigo, gentil, bacana... Tenho meus defeitos também, pô ninguém é perfeito, já dizia Musset que tentar conseguir a perfeição nos leva à loucura. Tenho meus problemas também, e quem não tem hoje em dia? Atualmente, ninguém tem mais tempo pra ninguém e sendo mero mortal também vivo sob essa pressão do tempo.

Tenho sonhos e Disney me disse que "se podemos sonhar também podemos tornar nossos sonhos em realidade", tomara que ele esteja certo... Einstein me mandou "procurar ser um homem de valor antes de ser um homem de sucesso", tenho ao longo do tempo, colocado certos valores acima de tudo. Romper com o passado e construir um novo presente, afinal Hesse me disse que "quem quiser nascer tem que destruir um mundo". Tenho medo e ao dialogar com Huxley ele afirmou que "os homens temem aquilo que desconhecem".

Em suma, sou isso, sou aquilo, o menino, o irmão, o garoto "estranho", a contradição... Mais um, entre milhões, atomizado pela complexidade do mundo. Aquele que já disseram ter dupla personalidade... rsrsrs... Estava conversando com Cobain quando disse a ele que "eles riem de mim porque sou diferente, eu rio deles porque são todos iguais..."

domingo, 4 de setembro de 2011

"O que é Ciência?"

Quando dizemos que alguém está “ciente” de alguma coisa, queremos dizer que ela “tem conhecimento”, “sabe do que se trata”. Esse exemplo pode ser aproximado do conceito habitual de ciência.
Sendo assim, a ciência pode ser transmitida e propagada de um indivíduo para outro através de diversas maneiras. Ao longo dos anos, diversos conceitos foram utilizados para defini-la. Contudo, como um ser humano difere do outro em suas formas de pensar e agir, esse conceito recebeu diversas abordagens. Ora, a ciência se tratava de um conjunto de conhecimentos empíricos, que vêm da experiência, daí o termo experimental, e passa então a agregar apenas conhecimentos específicos de determinada área de conhecimento.
René Descartes, célebre filósofo, físico e matemático francês foi quem nos deu essa primeira noção de ciência: algo que possui método, especificidade e objeto de estudos. A partir de então houve uma espécie de “separação” das ciências naturais (cujo objeto de estudo seria a própria natureza), das ciências humanas (que abriga o conjunto de conhecimentos acerca do homem). Tal divisão também pode ser vista nos trabalhos de Augusto Conte, um dos fundadores da sociologia, o qual queria fundamentar a sociologia com métodos, objetivos e objeto de estudo definido, no propósito desta se ocupar em como a sociedade deveria ser utilizando elementos das ciências naturais, sendo portanto a mais complexa das ciências por ter um objeto de estudo vivo, dotado de senso crítico: um organismo complexo.
Os tempos modernos mostraram que o domínio das ciências e tecnologias se tornaram sinônimos de poder. Isto nos dias de hoje justifica o desenvolvimento social, econômico, político e cultural de uma nação. Aqueles que investiram em aparatos tecnológicos se tornaram detentores do capital, donos do meio de produção.
No decorrer da história humana tal conhecimento também pôde ser usado para oprimir nações, destruir sociedades, aniquilar a espécie humana e gerar outros males originários das guerras que mancharam o século passado de vermelho, marcado como um dos mais sanguinários períodos sofridos pela humanidade.
A ciência num sentido filosófico sempre esteve em atrito com as religiões, uma vez que é desprovida de dogmas e portanto leva em consideração a liberdade de expressão, de pensamento e o livre arbítrio. Ocupa-se portanto, em responder “como”, já que a filosofia se encarrega de explicar o “por quê”, facilitando assim a vida do homem. Contudo, não pode ser vista como aquilo que preverá o que vai acontecer, mas sim a probabilidade de algo acontecer. Faço minha as palavra de Einstein quando diz que nossa ciência pode parecer primitiva e infantil se comparada com a realidade, porém é coisa mais preciosa que temos.

*Texto produzido durante uma atividade da aula de "Química Geral II".

Referências Bibliográficas:
- DESCARTES, Renné. "Discurso do Método". Editora Escala, 2004.
- GIDDENS, Anthony. "As Consequências da Modernidade".
- HUXLEY, Aldous. "Admirável Mundo Novo", Editora Globo, 2006.