segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fahrenheit 451 (Livro)

Imagine um mundo onde os livros tenham se tornando algo proibido e lê-los é sinônimo de suicídio. Um mundo no qual a principal função dos bombeiros seja queimá-los (os livros) no intuito de manter a ordem social. Um mundo dominado por um sistema que vise a alienação por meio da televisão e dos outros meios de "entretenimento" de massa.
Este é o mundo descrito por Ray Bradbury em "Fahrenheit 451 (... a temperatura na qual o papel do livro pega fogo e queima), editado 1953. Esta obra magnífica nos ajuda a compreender como certos tipos de intrumentos de comunicação (TV, rádio, etc.), podem servir de instrumentos para o dominação e a alienação dos indivíduos.
Bradbury descreve, com uma visão futurista, uma Inglaterra segregada por um sistema que proibe que se tenham livros e que se leia um deles. As pessoas vivem cada vez mais ligadas às TV's, assistindo a programas bizarros e imbecis e com isso prendem-se a coisas inexistentes, ficam alheias às situações reais do cotidiano, acabam esquecendo-se de viver, e, ainda assim julgam-se felizes. Afinal, ter uma TV em casa ou uma "radioconcha" é o sonho de consumo de qualquer cidadão.
Neste mundo sombrio vive Guy Montag, um bombeiro que após ter tido contato com Clarisse, sua vizinha, considerada antissocial e que o alerta para a realidade em que vivem, percebe que algo está errado, que alguma coisa não se encaixa e passa então a se questionar se o trabalho que exerce, o de queimar livros, faz algum sentido. Já que sabe o que tem que fazer e sabe como fazê-lo, por que queimá-los? Pra que queimá-los?
Ao cair em si, Montag percebe que ao longo do tempo foi mero instrumento mantenedor de um pequeno grupo de indivíduos no poder. Revelações vão surgindo a partir de seu chefe, o capitão Beatty, o qual diz que na verdade, o desinteresse pelo senso crítico foi provocado pelas próprias pessoas que aboliram a literatura, os romances, a poesia, os meios de informação, etc., por os julgarem inúteis, tristes e por vezes depressivos. Como toda ação resulta numa reação, disso resultou a extinção da literatura, da filosofia, das ciências humanas e toda uma série de coisas que levasse as pessoas a pensar.
Por conta disso, Montag se envolve numa espécie de conspiração contra o Corpo de Bombeiros, aliado a seu amigo Fabber, que outrora fora professor universitário: implanta livros na casa de outros bombeiros e articulam uma verdadeira revolução. Quando descoberto e denunciado pela própria esposa (Mildred), nosso herói assassina o próprio chefe e ataca outros dois colegas, tornando se então um foragido altamente perigoso.
Tentando se esquivar de uma máquina mortífera chamada Sabujo Mecânico, que fora criada pelos próprios bombeiros, capaz de captar o cheiro e outras composições químicas de um ser humano a uma grande distância, Montag entra num rio e segue o curso do mesmo, o qual o levaria a uma ferrovia abandonada.
Trilhando a ferrovia ele se depara com um grupo de "homens livros" que guardam em suas memórias obras do pensamento universal como Platão, Aristóteles, Shakespeare e até mesmo a Bíblia Sagrada.
Fahrenheti 451 é uma obra mil vezes bem-vinda por se fazer tão presente a ponto de nos ajudar a compreender o mundo em que vivemos e os "aparelhos legítimos de dominação". Digna de ser comparável a "1984" de George Orwell e "Admirável Mundo Novo" de Huxley. Com uma visão distópica acerca desse mundo cada vez mais modernizado e que vem tornando as pessoas dependetes de todo e qualquer tipo de aparelho tecnológico. Definitivamente é um livro que não será queimado e sua mensagem permanecerá por décadas, ou pelo menos até que a função dos bombeiros não seja a de queimar os livros.

sábado, 21 de agosto de 2010

A Interlocução entre as Ciências Sociais e o Meio Ambiente (Relatório)

Na manhã do dia 26 de abril do corrente ano foi dado início a um trabalho de campo realizado pelos alunos do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em parceria com o Centro de Projetos e Estudos Ambientais do Amazonas (CEPEAM) da Associação Brasil Soka Gakkai Internacional, sob a orientação do professor Ademir Ramos.
O objetivo principal deste trabalho de campo é fazer uma interlocução entre as Ciências Sociais e o meio ambiente de maneira que os alunos possam se envolver em pesquisas voltadas para o meio ambiente e promover a comunicação, elaboração de projetos e análises críticas relacionadas às questões ambientais.
Para tal fim, contamos com a colaboração da Prefeitura do Campus Universitário que cedeu um micro ônibus para a condução dos estudantes e professores. O ônibus deixou o campus às 8h50min, chegando ao CEPEAM às 9h28min, localizado no bairro do Aleixo, numa área de aproximadamente 55 hectares, próximo ao espetacular Encontro das Águas. Lá, fomos recebidos por Akira Tanaka (ecólogo e coordenador do CEPEAM) que nos conduziu até o auditório do Centro, onde nos falou sobre a origem do CEPEAM e sua filosofia, dando-nos uma breve cronologia do surgimento desta instituição: desde quando ela fora idealizada por Daisaku Ikeda, presidente da Sokka Gakkai Internacional, na década de 90, até os dias de hoje. Ele também ressaltou seus principais objetivos: criar um pedaço mais rico da Amazônia (rica vegetação em espécies de valor econômico e ecológico que sirvam para as futuras gerações comprovando que o homem pode cuidar da floresta amazônica e enriquecer de forma sustentável) e falou das diversas atividades desenvolvidas pelo centro: a recuperação de áreas desmatadas, a introdução de espécies de plantas ameaçadas de extinção e da integração das escolas com o meio ambiente, visando à educação ambiental no sentido de promover a sustentabilidade. Ele encerrou sua palestra com a seguinte frase dita pelo idealizador do Centro: “O protagonista que constroi a nova era é o povo. O mundo espera pelo povo que vence por sua crença e união”. (Daisaku Ikeda)
Dando continuidade às 10h07min, a palavra foi dada à professora Marisa Lima, moradora do bairro Colônia Antônio Aleixo e integrante do movimento “S.O.S. Encontro das Águas” que centra os esforços de seus integrantes no tombamento do encontro das águas. Ela falou sobre o porquê de tal organização, dos seus propósitos e objetivos. Relata que o S.O.S. Encontro das Águas nasceu da indignação da população perante a criação de um porto que acabaria com a paisagem e prejudicaria não só a população, mas também o meio ambiente e o ecossistema local. Falou das perseguições políticas feitas à comunidade local por conta de suas ações relacionadas ao meio ambiente. Declarou que a luta pela conservação e preservação do encontro das águas não depende exclusivamente dos moradores daquelas imediações, e que o problema ambiental é uma questão que envolve toda a população e não apenas uma parcela dela. Devem-se criar políticas voltadas para o uso consciente dos recursos naturais, de maneira que as futuras gerações possam usufruir das maravilhas que a natureza nos proporciona, tal como o é o encontro das águas.
Em seguida, contamos com a participação de Dona Maria do Carmo, também moradora do bairro Colônia Antônio Aleixo e militante do S.O.S. Encontro das Águas, ela falou de como era o lago do Aleixo na época de sua chegada neste bairro e de como essa região era rica em recursos naturais e hoje lamenta a poluição causada pelo homem. Dona Maria do Carmo encerrou sua participação lendo uma oração voltada para o meio ambiente, manifestando seu amor à natureza.
Participou ainda deste primeiro momento a jovem Alcilene (assistente social e assessora do movimento S.O.S. Encontro das Águas). Ela relata como se desenvolveu esse projeto que nasceu da união de três empresas: o Grupo Solimões, a Bovespa e a Fundação Vale do Rio Doce. Falou das reuniões ocorridas com os comunitários e os representantes políticos nas quais se discutiam sobre os impactos que seriam ocasionados pela construção do Porto das Lages. Mencionou ainda as dificuldades enfrentadas pelo movimento e as estratégias de marketing por parte dos interessados na criação do porto, na tentativa de manipular a população local de maneira que a opinião desta se tornasse favorável à criação do porto. Ela disse que atualmente existen 33 organizações associadas em prol da criação do Porto das Lages e alertou para o envolvimento dos estudantes universitários em pesquisas que visassem à conservação do meio ambiente.
Encerrado este primeiro momento, o ecólogo Akira nos levou para conhecermos uma parte das dependências da Reserva Particular do Patrimônio Natural do CEPEAM, na qual em uma de suas trilhas nos mostrou onde eram depositadas as mudas de plantas de espécies de valor comercial e que seriam utilizadas no processo de reflorestamento, um dos objetivos desta instituição. Ele falou da importância da proteção do meio ambiente e da biodiversidade local. Akira também nos mostrou parte do sítio arqueológico localizado ao lado do centro, comprovando a existência de comunidades indígenas que outrora viveram naquela região.
Às 11h35min h voltamos à sede do CEPEAM e tivemos a oportunidade de apreciar o espetáculo paisagístico, que é o Encontro das Águas, por meio de um mirante localizado no terraço da mesma. Aproveitamos a oportunidade para registrar esse momento ímpar que nos provoca muitos questionamentos a respeito do meio ambiente, tais como: “Existe concílio entre o progresso e a natureza?”, “Será que as futuras gerações também poderão um dia viver aquele momento único?”. Tais reflexões nos incitam a pensar que existe sim uma forma de desenvolvimento sustentável que supra as necessidades humanas ao passo que não prejudique o meio ambiente, propiciando a melhoria da qualidade de vida de todos.
Depois deste momento, voltamos ao auditório onde o professor Ademir Ramos fez os devidos agradecimentos e deu a palavra a Kemerson Macedo, um dos coordenadores do Núcleo de Cultura Política do Amazonas (NCPAM), que mais uma vez ressaltou a importância e o papel do meio ambiente no âmbito das Ciências Sociais.
Concluímos que este trabalho de campo foi bastante produtivo e de grande importância para aumentar nossos conhecimentos e ampliar nossa visão sobre o meio ambiente, nos mobilizando com a causa do S.O.S. Encontro das Águas, afim de que esse patrimônio da humanidade seja visto como um representante da história e da cultura local, no intuito de se criarem políticas voltadas para sua preservação e conservação.

domingo, 18 de julho de 2010

Das nossas escolhas...

Somos o resultado das escolhas que fizemos. Às vezes questiono-me se fiz a escolha certa. Sinto que sim, mas ao mesmo tempo que não. Acerca disso penso que nada foi escolhido por acaso, tudo deve ser pensado de maneira minuciosa para evitar arrependimentos futuros. Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos. Conforto-me ao saber que apesar de tudo isso existem pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades que eu tive, apesar de terem a mesma capacidade que eu, ou até mesmo serem mais capazes do que eu. Contudo, dariam tudo para estar no meu lugar. Há uma força conspiradora sobre mim, que me faz escolher as decisões que me parecem mais sensatas ou mais seguras, e às vezes nem são. "São as nossas escolhas que nos dizem quem realmente somos, muito mais do que nossas qualidade."

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Das diferenças...



Ultimamente tenho pensado muito na vida, em como podemos encontrar simplicidade nas coisas que às vezes parecem inúteis e por vezes deixamos passar em branco. É estranho imaginar que se vive num lugar tão diverso, cheio de culturas distintas, pessoas diferentes, cada uma com seus problemas, com o seu jeito particular de viver.
E eu me indagava, por que ainda não aprendemos a lidar com as diferenças? De onde surge essa capacidade humana de se sobrepor (impor) aos demais?
Somos todos iguais, mas ao mesmo tempo diversos. Somos da mesma espécie, mas vivemos de maneira distinta uns dos outros.
Será que um dia aprenderemos a respeitar as diversidades existentes no mundo Exergaremos no outro, uma parte de nós? Ou viveremos condenados a lidar com essas diferenças de maneira intolerante, ou melhor, ignorante?
Questiono-me às vezes sobre o que será do mundo daqui a algum tempo, o que será de mim, ou o que será dos meus? Acredito que ninguém exista por acaso, tudo tem um motivo pra ser e existir. Julgo-me tão insensato a ponto de desprezar o outro. Não somos superiores a ninguém e mesmo sem querer acabamos sendo. Ignorância minha? Talvez, mas uma súbita vontade de mudar o mundo me consome quando lido com as diferenças entre nós. Por onde começar? Eis a questão...
Pode-se até conseguir mudar a si mesmo, mas como mudar o outro e enxergá-lo como um ser semelhante?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Estudar, estudar e estudar...



É irmãos, estudar não é uma tarefa fácil como se pensa por aí. O conhecimento é árduo e penoso, nos faz sofrer e certas vezes nos priva de muitos prazeres. Mas no final sempre é recompensador.
Entrar na faculdade é fácil, se temos em vista que manter-se lá é que é complicado, ainda mais quando se faz duas coisas distintas.
Não quero desanimar ninguém, mas o mundo universitário é bem diferente da vida do ensino médio, onde talvez nos sobra mais tempo para fazermos o quê quisermos e até dava pra enrolar professor. No ensino superior se você não faz, você dança, se você não ler você ficar perdido, se você não pensar, não raciocinar, não quebrar a cabeça, reprova e não tem choro que faça o professor mudar de ideia.
Tenham em mente que ao ingressar na universidade a vida começa a se transformar e como em muitas etapas da nossa vida, levamos as coisas mais a sério, sem contudo perder as esperanças de passar por mais um período...
Em verdade eu vos digo amigos, aqueles que querem entrar na faculdade com muito esforço conseguirão, mas estando lá terão que se esforçar mais ainda para manter-se...

Abraços,
George Delarge.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Maio...

Para marcar o início do fim de maio vou postar uma música do Kid Abelha, sei que não é algo original mas gostaria da fazê-lo para não dizer que não postei nada em maio. Tempo, tempo, tempo... A falta de tempo ou falta de organização de tempo é o que me impede de postar constantemente. Não mais,

George Delarge.

Maio

Maio
Já está no final
O que somos nós afinal
Se já não nos vemos mais
Estamos longe demais
Longe demais
Maio
Já está no final
É hora de se mover
Pra viver mil vezes mais
Esqueça os meses
Esqueça os seus finais
Esqueça os finais
Eu preciso de alguém
Sem o qual eu passe mal
Sem o qual eu não seja ninguém
Eu preciso de alguém
Maio
Já está no final
É hora de se mover
Pra viver mil vezes mais
Esqueça os meses
Esqueça os seus finais
Esqueça os finais
Eu preciso de alguém
Sem o qual eu passe mal
Sem o qual eu não seja ninguém
Eu preciso de alguém
Eu preciso de alguém
Sem o qual eu passe mal
Sem o qual eu não seja ninguém
Eu preciso de alguém
Maio, Junho, julho, agosto, setembro
Outubro, novembro, dezembro

By: George Israel e Paula Toller

sexta-feira, 19 de março de 2010

Meio sem rumo...

Ando meio sem rumo, sem saber se estou no caminho certo, ou qual o melhor caminho a seguir... Quem sabe onde estou talvez não seja o meu lugar. Por que tudo parece tão rarefeito e longe de ser perfeito? Talvez o amanhã seja um dia melhor... O fato de dormir e acordar é uma dádiva! Estamos vivos! Como parece incrível ver o sol a cada amanhecer...
Quem sabe eu não estarei em outro lugar daqui a algum tempo? Um lugar distante, sozinho, ou tavez com alguém, um lugar onde possa respirar o ar que emana da natureza e ao mesmo tempo possa estar em contato com ela... Um lugar onde possa ser eu mesmo, onde haja um cantinho pra ler um bom livro...
Hoje, vejo que nem tudo é como prevíamos. Mas, logo saberei que todo esforço no final vale a pena... Obrigado Deus, pelas bençãos que me concedeste!
Hoje, vejo que vale a pena viver...

"Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz apenas aonde os outros já foram..."

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Meus 18 Anos



Como o tempo passa rápido. Já faz 18 anos e parece que foi ontem que fui pela primeira vez à escola, que eu fiz minha primeira comunhão, etc. O tempo não para.
Ao chegar nessa idade penso (e às vezes até demais) em algumas coisas que vivi, pois não consigo lembra-me com precisão de tudo o que se passou no decorrer de todo esse tempo. Sem sombra de dúvidas todos esses anos vividos foram especias, os livros que li, as pessoas que conheci, os amigos que fiz, os inimigos também... Tudo isso nunca vai sair da minha mente, afinal por tudo isso valeu a pena ter vivido. Mas, o ano que se passou, foi um dos anos mais significativos, apesar de ter sido um ano conturbado, cheio de acontecimentos que abalaram todo o mundo.
18 Anos! Eis um momento transitório na vida de qualquer pessoa. É como se caísse sobre nós uma parcela a mais de responsabilidade, ou talvez de independência, de qualquer forma aos 18 anos você muda seu modo garoto de ser, agir e pensar e passa a fazer as coisas sob outro ponto de vista. Começa então a encarar a vida de maneira diferente: em breve terá que largar a casa paterna e todo conforto da vida que tivera outrora. Estou envelhecendo e um dia terei que deixar tudo isso que estou conquistando. Comum e ao mesmo tempo sutil: nascemos, crescemos e quando já estivermos cansados e vivido tempo suficiente para deixar alguma marca na vida de alguém, morremos. É isso o que acontece com todo mundo! Não há como escapar de tudo isso!
Resta fazer uma reflexão em tudo e perguntar-se: Aonde eu estou? Para onde eu quero ir? O quê que eu tô fazendo aqui? Deus qual é a Tua? Mas, que seja feita a Vossa Vontade. Ninguém sabe o que o amanhã trará... Mas, todos esperam que sejam coisas positivas... Se você parar pra pensar, na verdade não há...