sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Madrigal (Shakespeare)


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a trsiteza de uma criança. Aprende a contruir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la...
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam...
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Decobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo... mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão... e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que seus sonhos são bobagens... Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama de jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga você em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente por suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem mais valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traídoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

Shakespeare

domingo, 22 de fevereiro de 2009

É o que me interessa...


Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Querer Depois...

"... e depois, então,
que conquistar o último desafio
quando aprender a voar
quando achar que já tem tudo
o que vai querer depois?"

(Pitty)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Afinal, por que vivemos?


Afinal, o que nos faz viver? O que nos motiva a estar todos os dias disposto a encarar mais desafios? Qual o motivo da nossa existência? Por que a vida é um dom tão especial? Talvez o mundo pudesse ser um lugar mais agradável... Mas afinal reclamamos do quê? Quando na verdade deveríamos estar felizes por estarmos vivos. O mundo não perdoa, parece que ele realmente foi feito para aqueles que são fortes, que persistem, que enfrentam os desafios, que mesmo perdendo se levantam e tentam de novo. Mas então, por que o medo nos persegue? Por que ainda dormimos de portas e janelas fechadas para o mundo?
Do que adianta eu pedir paz pra humanidade, enquanto eu não tenho paz comigo mesmo? O que falta? Seria o presságio de tempo ruins que estão por vir, ou quem sabe sensações de algo melhor que estão acontecendo? O que é, afinal, essa força invisível que nos impussiona a sentir o que sentimos, que nos faz agir por instinto?
O que será que está reservado para nós? Qual será nosso destino? Estaríamos realmente caminhando para a autodestruição?
Utopia, ou loucura eu não sei... Só sei que as coisas mudam e temos que nos adapatar a essas mudanças, o mundo já não é mais o mesmo, as pessoas já não são mais as mesmas. Resta a nós lutar para obter nosso lugar ao sol...

Em tudo que a natureza opera, ela nada o faz bruscamente."
(Lamarck)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Quem vai queimar?"


Calamidade social, descrita em uma letra de música...

Encaixotem os livres
Desinfectem os cantos
Estuprem as mulheres
Brutalizem os homens
Despedacem os fracos
Enfeitem a moda
Sodomizem as crianças
Escravizem os velhos
Fabriquem as armas
Destruam as casas
Façam render a Guerra
Escolham os Heróis!

E queimem as bruxas
Deixa Queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Empurrem conselhos
Forneçam as drogas
Engulam a comida
Disfarcem bem a culpa
Protejam a igreja
Perdoem os pecados
Condenem os feitiços
Decidam quem vai morrer
Contaminem a escola
Violentem os virgens
Aprisionem os livros
Escrevam a história

E queimem as bruxas
Deixa Queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Quem ordena a execução
Não acende a fogueira

Pai rogai por nós...

E queimem as bruxas
Deixa Queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Zadig ou O Destino


Livro de Voltaire, muito interessante. Zadig é a história de um cidadão de Babilônia, sempre envolvido em peripécias que o destino lhe reserva. Sua vida é feita de altos e baixos que se sucedem de uma maneira que, à primeira vista, perecem inconcebíveis e fora de propósito. Mas o destino é feito de surpresas. Aliás, ele próprio é uma surpresa, é o novo que evolui e involui, que se completa, se faz e refaz, que abre seus caminhos onde não os há, que oferece e tira, que constrói e destrói, que alegra e entristece, que projeta o futuro, realiza o presente e leva a recair no passado. Em suma, consegui extrair as seguintes reflexões do livro:

"É preferível arriscar-se a salvar um culpado que condenar um inocente."

"Quando comeres dá de comer aos cães, ainda que te mordam."

"Um amigo vale mais que cem padres."

"Os mais implacáveis ódios não têm muitas vezes causas mais importantes."

"A oportunidade de fazer o mal aparece cem vezes por dia e o de fazer o bem, uma vez por ano." (Zoroastro)

"Sempre prazer não é prazer." (Sadder)

"A gente acha que é menos infeliz quando não é infeliz sozinho."

"Quando somos amados por uma bela mulher sempre nos livramos de complicações neste mundo." (Zoroastro)

"O homem não pode dar a si próprio nem sensações, nem idéias, recebe tudo; a dor e o prazer lhe vêm de fora, como sua existência."

"Os homens julgam tudo sem nada conhecer."

"Os maus são sempre infelizes: servem para pôr a prova um reduzido número de justos espalhados sobre a Terra e não há mal do qual não resulte um bem."

(Zadig ou O Destino - Editora Escala, Segunda Edição)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Parabéns Gieyse!!!


Hoje a minha irmã Gieyse faz 16 anos de vida, dedico esta postagem em homenagem a ela.

Pois é, um dia percebemos o quanto tempo passa... E lamentamos dizendo consigo mesmo: "Pôxa, parece que foi ontem!!!" Mas com o passar do tempo não percebemos que pessoas maravilhosas sempre estão ao nosso redor, nos apoiando, nos iluminando, nos ajudando a trilhar esses caminhos tortuosos daquilo que denominamos de vida. Pessoas assim são iluminadas por seres divinos, pois vieram a Terra unicamente com a missão de trazer alegria aos que estão próximos de si. Apesar das diferenças, apesar das divergências, mantemo-nos sempre unidos, pois estamos interligados inseparavelmente pela linha que traça nossos caminhos... Apenas queremos ser felizes, e ter as pessoas que gostamos ao nosso lado nos faz feliz. Há todo momento, a todo instante, sempre haverá alguém com que tu poderás contar. Uma vez me disseram que mais vale uma amizade verdadeira, do que um baú cheio de tesouros... E é esse sentimento tão forte e puro que nos dá energia para enfrentarmos com perseverança mais uma jornada. É exatamente isso, algo indescrtível, que nos fortalece... Se tentasse resumir o que sinto numa palavra diria: amizade...
Minha querida, quero que saibas que podes sempre contar comigo... Te desejo um Feliz Aniversário, que todos os teus planos e sonhos se realizem, que nossa amizade torne-se cada vez mais sólida... Saúde, paz, amor, sucesso...

George - O Garoto Aprendiz... (Talvez aquele que tenha sido nada mais que um sonhador...)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não se pode ter tudo...

Hoje, aniversário de meu pai... Dedico esta postagem a ele, na verdade vou contar uma história em que ele é um dos principais personagens...
Devia estar na terceira, ou na quarta série quando isso aconteceu. Estudava com cerca de uns trinta colegas, um desses colegas era bem sucedido, o tipo de garoto que todo mundo quer ser amigo, só porque ele tem dinheiro. O garoto tinha pais que davam a ele tudo o que ele queria, não era o mais inteligente da turma, mas era o que tinha todos os recursos pra obter tal posto, tinha dinheiro, acesso a todo tipo de informação, exceto internet, pais nem um tanto dedicados. Via como ele se comportava, sempre com um tênis diferente, roupas novas, cadernos novos, ele podia fazer o que quisesse, a hora em que quisesse. Tamanha era minha infantilidade, que também queria ser como ele, o garoto que podia ter tudo, ou que podia ser tudo... Tamanha era minha indignação, e perguntei pra mim mesmo: "Pôxa, por que essa garoto pode ter tudo e eu não?"
No dia seguinte, lancei a mesma pergunta ao meu pai, ao que ele me explicou:
_ George, a família desse moleque tem dinheiro, mas imagino o dia em que os pais dele morrerem? Os filhos não saberão lidar com os negócios da família... Além disso, na vida não se pode ter tudo o que ser quer. Lute, estude, para ter o que é seu...
Isso que meu pai me falou me tocou de tal forma que até hoje eu nunca esqueci dessas palavras.
"Pai, sei de todos os esforços que tens passado pelo nosso bem, por nos proporcionar uma vida confortável, por nos dar a certeza de um futuro melhor, por fazer de nós uma família, por ser o pilar essencial nessa obra que construíste pensando unicamente em nós. Quero que tu saibas que felicito-me em ser teu filho, e farei o possível para fazer valer todo o esforço que fizeste e ainda fazes por nós... Feliz Aniversário, pai, que as forças divinas te conservem com saúde, paz, harmonia, sucesso... Muito obrigado por tudo... Muito obrigado por me permitir a existência..."

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Não ri deles, ri com eles...


Lembro me dia um dia em que estávamos meu filho e eu passeando por uma cidade, era um lugar desconhecido e nós só estávamos alí de passagem. Um povo diferente, com modos e hábitos diferentes. Meu filho ficava deslumbrado com cada coisa que via, e fiquei surpreso em ver tamanha alegria em seu rosto, fazia um bom tempo que não o via assim.
Encontramos um grupo de moradores, que jogavam baralho e bebiam cerveja bem próximo a uma esquina, falavam e riam alto. No momento em que nós passamos, eles pararam o jogo e perguntavam entre si, quem nós éramos e o que fazíamos por lá.
Eu num gesto amistoso comecei a sorrir... Meu filho surpreso com minha atitude logo me indagou:
_ Pai, por que o senhor riu deles?
Ao que eu expliquei:
_ Não meu filho, não ri deles, ri com eles...

"Dizem que o sorriso é o primeiro passo para a comunicação, então se alguém voltar o olhar pra ti, apenas sorria... Pois esta pessoa pode ser tornar uma grande amiga tua... Ofereça um sorriso a quem precisa!!!
Produzido por George de Oliveira - O Garoto Aprendiz... "

Barcelos, 15 de fevereiro de 2009.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Nariz

Um dia Azora voltou de um passeio muito encolerizada e deixando escapar grandes reclamações.
_ Que tens, minha querida esposa? Quem pode te deixar assim fora de ti mesma? - perguntou Zadig.
_ Ah! Ficarias como eu - respondeu - se visses o espetáculo de que acabo de ser testemunha. Fui confortar a jovem viúva Cosru, que há dois dias eregiu um túmulo para sei jovem esposo, junto do riacho que banha essas pradarias. Em sua dor, prometeu aos deuses que ficaria junto do túmulo enquanto as águas desse riacho corressem ao lado.
_ Pois bem! Disse Zadig, aí está uma mulher honrada que amava verdadeiramente seu marido!
_ Ah! Replicou Azora, se soubesses em que se ocupava quando fui visitá-la!
_ Em que, minha bela Azora?
_ Estava mandando desviar o riacho.
Azora se derramou em invectivas tão longas, explodiu em recriminações tão violentas, que essa ostentação da virtude não agradou a Zadig.
Ele tinha uma amigo chamado Cador que era um desses jovens quem sua mulher atribuía mais probidade e mérito que aos outros: fez dele seu confidente e se assegurou, como podiam de sua fidelidade, dando-lhe um valioso presente.
Azora, que passara dois dias no campo em casa de uma amiga, voltou para casa no terceiro dia. Criados em pranto lhe anunciaram que o marido morrera subitamente naquela noite e que não tinha coragem de levar-lhe essa infausta notícia, mas que acabavam de seputá-lo no túmulo de seus pais, no fundo do quintal. Ela chorou, arrancou os cabelos e jurou morrer. À noite, Cador pediu permissão pra lhe falar e os dois choraram.
No dia seguinte choraram menos e almoçaram juntos. Cador confessou que o amigo lhe deixara a maior parte de sua fortuna e deu a entender que a maior aventura, para ele, seria compartilhá-la junto com ela. A mulher chorou, se irritou e se acalmou; o jantar foi mais demorado que o almoço; falaram-se com mais confiança. Azora fez o elogio do defunto, mas confessou que Zadig tinha alguns defeitos dos quais Cador estava isento.
No meio do jantar, Cador se queixou de uma dor violenta no baço; a jovem viúva, inquieta e solícita, mandou trazer todas as essências com que se perfumava, a fim de ver se alguma não haveria de servir para a dor no baço; lamentou muito que o grande Hermes não estivesse mais em Babilônia; dignou-se até tocar o lado onde Cador sentia dores tão agudas.
_ Estás sujeito seguidamente aos ataques dessa cruel doença? - perguntou ela, cheia de compaixão.
_ Leva-me às vezes a beira do túmulo - respondeu Cador. Só há um remédio que me dá alívio: é aplicar no local o nariz de um homam falecido na véspera.
_ Estranho remédio! Disse Azora.
_ Não mais estranho - respondeu - que os saquinhos do senhor Arnou* contra a apoplexia. (*Havia nessa época, um habitante de Babilônia, chamado Arnou, que curava e prevenia todos os ataques de apoplexia com um saquinho pendurado ao pescoço.)
A esta razão, juntamente com os extraordinários méritos do jovem, a mulher finalmente se convenceu.
"Em todo caso - disse ela - quando meu marido, na ponte de Tchinavar, passar do mundo de ontem para o mundo de amanhã, será que o anjo Asrael deixará de lhe dar passagem, só porque seu nariz vai ser um pouco menos longo na segunda vida do que na primeira?"
Tomou, pois, uma navalha, foi ao túmulo do esposo, regou-o de lágrimas e se aproximou para cortar o nariz de Zadig, que encontrou estendido na tumba. Zadig se ergueu, defendendo o nariz com uma das mãos e detendo a navalha com a outra.
_ Senhora, disse ele, não xingues mais tanto assim a viúva Cosru; o projeto de me cortar o nariz é igualzinho àquele de desviar o riacho.
*Texto retirado do livro "Zadig ou o Destino" de Voltaire. (Col. Grandes Obras do Pensamento Universal - 29, Editora Escala)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Be Myself (Ser Eu Mesmo)










O que vale nessa vida é o que se vive é o que se faz...

Mas o que pode se esperar de uma pessoa que não pode
sonhar

Como ele pode ter o que ele está tão longe
Na vitrine coisas que ele nunca vai poder ter
Se ninguém o ajudar o que ele vai fazer?
Onde vai morar e o que vai ser quando crescer?

Quando vem da rua,
que é sua, que é minha, que é de ninguém
É tudo uma ilusão e você sabe muito bem

Impunidade, hipocrisia, dançam de mãos dadas
O hino nacional de uma nação condenada

A sociedade prega o bem
Mas o sistema só alimenta o que é mal

Se a nossa cara é prosperar,
o povo tem que evoluir também

Quase de manhã, mais uma noite no vazio
me auto-desafio, lá fora o mundo louco
sem perdão nem compaixão

A combustão em rota de colisão
A sinfonia da destruição
Vivendo o sonho e também o pesadelo
Vendo o mundo regredindo entre a fé e o dinheiro
Saudades do meu pai e dos amigos que morreram
Mas o que o velho me ensinou eu jamais me esqueço
Seja lá como for, na vida tudo tem seu preço

No mundo, o falso e o verdadeiro se confundem
Mas os que sabem jamais se iludem
Não é fácil encontrar o caminho
Mas é bom olhar pro lado e ver que não estou sozinho...

Todo o mal que é dirigido a nós
Nos fortalece e eu não vou desistir
(O que vale nessa vida é o que se vive é o que se
faz)
Nas armadilhas que eu cai
Eu fiquei só e ninguém viu
(O que vale nessa vida é o que se vive é o que se
faz)

O que pode se esperar de um ser humano perdido?
Que ele viva como nunca fosse morrer?
Ou que ele morra como nunca tivesse vivido?
O que pode se esperar de uma pessoa que não pode
sonhar

Eu quero pensar sobre o amanhã
Porque amanhã eu quero estar com você
Não quero viver em uma tristeza calma
Mas esse é o jeito que o mundo seguirá
Está tudo em minha cabeça
Só quero ser eu mesmo por alguns momentos
Só quero ser eu mesmo

Acostumado desde cedo com a desgraça
em temporada de caça, um subnutrido
vítima da farsa, se formou na escola do crime
hoje o oprimido é quem oprimi

Uma alma carregada de ódio e amor
Mas muito mais ódio que amor
O aluno e também o professor
que ensina qualquer um que não sabe dar valor
à vida que tem ou à casa que mora
que vive sorrindo enquanto ele chora

Só mais um de milhares que se espalham
vítima dos nossos governantes que falharam

Todo o mal que é dirigido a nós
Nos fortalece e eu não vou desistir
(O que vale nessa vida é o que se vive é o que se faz)
Nas armadilhas que eu cai
Eu fiquei só e ninguém viu
(O que vale nessa vida é o que se vive é o que se faz)
Eu só quero ser eu mesmo

Sim! Sim! Jogue em sua posição
Porque o mundo faz do homem
Pequenos brinquedos visionários
Meus pecados podem ser perdoados
Basta ter fé apenas
Você poder fazer o que quiser
Bastar ser desse jeito, então não bobeie
Porque o mundo é cruel?
Viva pela espada, então morra pela espada
Quando eu estou procurando por um lugar no meio da guerra
Entre negros e brancos, entre ricos e pobres
Apenas nós podemos parar a bagunça do estrangeiro e de tudo

Trabalho muito, vivo a vida, skateboard estilo de vida
um brilho intenso e a humildade de uma mente evoluída.

O fim é só o começo... (Suicídio)


Temos que lidar com cada tipo de situação nesse alvoroço chamado de "vida". Umas nos servem de lição, outras só nos tiram do sério. E às vezes damos valor às coisas fúteis que esses tipos de acontecimentos nos proporcionam. E nesse exato momento, pensamentos estúpidos passam pela nossa cabeça. Parece que viver já não faz mais sentido. Ignoramos as coisas que vão passando instantaneamente pelo nosso caminho.
Você parece estar sozinho, ninguém mais te dá valor, parece ser ignorado pelos que te cercam. Você sorri e as pessoas sorriem contigo. Como você gostaria que elas soubessem com tu te sentes por dentro. No fundo você sabe que não encontra ninguém com quem possa falar francamente. As pessoas merecem ser ouvidas quando têm algo a dizer. E como você gostaria de conversar com alguém, mas não sabe em quem confiar, porque ninguém neste mundo ainda é confiável.
"Ninguém é perfeito" é o que dizem, mas parece que todos já estão cansados de ouvir essa frase. Então, só te resta o "Poço ou o Pêndulo" e você opta pelo que está mais fácil, pelo que está mais acessível. Você se libertará, o mundo já não tem mais serventia pra você, ou quem sabe você já não tem serventia pra ele.
E então você começa a lembrar de detalhes da tua vida, se dá conta de que aquilo ficou no passado, e reflete: "O fim é apenas o começo." E então você acaba com o seu sofrimento: parecido com um pêndulo, a dor acaba.
(Drama vivido por um suicida, imaginei o que deve se passar na mente de uma pessoa nesse estado, o texto é fictício, de minha autoria, assumo qualquer tipo de reponsabilidade com relação ao que escrevi, não sou maluco...?)