quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Zadig ou O Destino


Livro de Voltaire, muito interessante. Zadig é a história de um cidadão de Babilônia, sempre envolvido em peripécias que o destino lhe reserva. Sua vida é feita de altos e baixos que se sucedem de uma maneira que, à primeira vista, perecem inconcebíveis e fora de propósito. Mas o destino é feito de surpresas. Aliás, ele próprio é uma surpresa, é o novo que evolui e involui, que se completa, se faz e refaz, que abre seus caminhos onde não os há, que oferece e tira, que constrói e destrói, que alegra e entristece, que projeta o futuro, realiza o presente e leva a recair no passado. Em suma, consegui extrair as seguintes reflexões do livro:

"É preferível arriscar-se a salvar um culpado que condenar um inocente."

"Quando comeres dá de comer aos cães, ainda que te mordam."

"Um amigo vale mais que cem padres."

"Os mais implacáveis ódios não têm muitas vezes causas mais importantes."

"A oportunidade de fazer o mal aparece cem vezes por dia e o de fazer o bem, uma vez por ano." (Zoroastro)

"Sempre prazer não é prazer." (Sadder)

"A gente acha que é menos infeliz quando não é infeliz sozinho."

"Quando somos amados por uma bela mulher sempre nos livramos de complicações neste mundo." (Zoroastro)

"O homem não pode dar a si próprio nem sensações, nem idéias, recebe tudo; a dor e o prazer lhe vêm de fora, como sua existência."

"Os homens julgam tudo sem nada conhecer."

"Os maus são sempre infelizes: servem para pôr a prova um reduzido número de justos espalhados sobre a Terra e não há mal do qual não resulte um bem."

(Zadig ou O Destino - Editora Escala, Segunda Edição)

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