domingo, 28 de dezembro de 2008

Medo do Futuro...

Sei que nem todas as coisas são como nós gostaríamos que fossem. Nada nem ninguém está em seu devido lugar. Na verdade, muita gente não sabe a que veio ao mundo, nem eu mesmo, não compreendo ainda o motivo de minha existência. Acredito que não sou o único, acredito que vim para fazer alguma coisa nesta Terra, independente de ser últil ou não.
Porque será essa insatisfação? Por que essa sensação de que está me faltando alguma coisa? No fundo eu compreenderia isso, se tivesse a oportunidade de mostrar do que sou capaz. Sei que não sou mais do que posso ser, isso eu aprendi. Ninguém pode ser mais do que aquilo que realmente é.
Busco em certas situações de meu cotidiano, motivos para estar verdadeiramente feliz: tenho saúde, um lugar pra morar, uma família que apesar de ser meio maluca, é minha família e eu os amo, e sei que tenho o apoio deles. Tenho 16 anos, e sei que ainda há muito a ser vivido. Talvez o meu medo do futuro é o que ainda me mantenha aprisionado a este mundo. Medo do que esteja reservado pra mim, medo do que esteja escrito no meu livro da vida, ou talvez medo de autor deste livro, não querer mais continuar esta história e dar um ponto final nela, sem nem mesmo ter terminado o parágrafo.
Talvez o meu medo de viver intensamente é o que ainda me mantém "fechado" para o mundo. Até o momento em que encontre algo que me liberte. Eu tive o bastante disso, mas eu não me importo...

"Muitas das grandes realizações do mundo foram feitas por homens cansados e desanimados que apesar disso, continuaram trabalhando."

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Como vejo o mundo... por mim mesmo...


O mundo tá tão diferente. Não sabemos mais em quem confiar. Talvez nem nós confiamos em nós mesmos, em nossa capacidade de poder fazer alguma coisa. As pessoas dizem que o mundo vai melhorar, eu também acho. Por que não? Todo mundo tem o direito de esperar do mundo um lugar melhor, mais humano e mais digno.
Nossa geração está marcada pelo sinal indelével de nossa "capacidade humana". Vejam o quanto a nossa espécie evoluiu intelectualmente, mas certas coisas não mudaram ainda e estão sempre presentes nas estórias dos livros de histórias. De certa forma não evoluímos por inteiro, pois ainda conservamos costumes e hábitos grotescamente primitivos. Basicamente são: aquela antiga ganância, um querendo ser melhor do que o outro, sede de poder e de bens materiais dos quais todo o mundo está doente. Sim, estamos doentes por um mal insano: esta porcaria que ousadas pessoas ainda têm coragem de chamar de "sociedade", enquanto que o conceito para esta nossa civilização deveria ser totalmente contrário.
John Lennon dizia que não era o único a acreditar num mundo melhor. É, talvez ele não fosse mesmo, talvez ele fosse só mais um. Todos somos, apenas mais um. Acho que um dia as futuras gerações teram vergonha de certas atitudes nossas, vergonha maior terão em dizer que nós, fomos seus antepassados, seus aborígenes. Acredito que nossa estupidez chegou a tal ponto que nem mesmo nós aguentamos. O inferno deixou de ser temido há muito tempo, porque o inferno é aqui, agora. E o céu, a Terra Prometida? Onde estão? Acho que já não mais existem. Talvez outro ser nos diga que ela ainda está por aí, mas para tê-la, nós devemos merecê-la.
No fundo mesmo o que todos querem é passar bem, sem se importar com os demais, a não ser consigo mesmo. Nem sempre "todo mundo tem aquilo que merece", sendo que na maioria das vezes sim. Tem gente por aí que não merecia passar fome, mas passa. Não merecia perder os familiares, mas perde, e por fatores absurdos. Não merecia estar no lugar onde está. Mas enfim, do que adianta eu pedir paz, se nem eu estou em paz comigo mesmo? Talvez o mundo ainda tenha jeito.
"O indivíduo é o resultado da sociedade em que vive..."