sábado, 18 de julho de 2009

Toxicidade - Toxicity

Um dia desses, me aconteceu uma coisa engraçada, mas ao mesmo tempo trite. Estávamos minha tia e eu esperando um ônibus que nos levaria ao terminal. Chegando ao local, havia um cara mal-encarado que nos olhava da cabeça aos pés. Passados alguns minutos o cara tirou de dentro da mochila uma sacola plástica contendo cola de sapateiro. De repente, um barulho estranho, o cara estava cheirando cola bem ao nosso lado! As outras pessos ficaram espantadas com a atitude desse cara, não demorou muito o cara saiu pra outro lugar. Na verdade não sei se o intento do cara era nos dar medo, ou chamar a nossa atenção.


Esse episódio me fez lembrar uma canção da banda System Of A Down, pelo fato de a música falar de um mundo sujo, um mundo porco, arruínado pelas mazelas do modernismo. O nome da música já diz tudo, em sua versão original, "Toxicity", seria a junção das palavras "toxic - tóxico" e "city - cidade", formando o termo que pode ser traduzido pro português como "Toxicidade". O videoclip da música é muito bom. Meio que tosco, sem muitos efeitos especiais, ao que parece foi direcionado por um dos integrantes da banda. Me amarro nas letras System, principalmente pelo fato de falarem de política, religião, filosofia, tudo isso muito mais misturados ao sons de guitarras, bateria, sons armênos e um pouco de metal, daqueles gritados. Muito bom! Quem nunca ouviu, vale a pena ouvir. System Of A Down é o tipo de banda "politicamente correta".

Abaixo seguem a letra, em versão traduzida, da música que estou falando:

Toxicity - Toxicidade (System Of A Down)

Conversão, software versão 7.0
Olhando para a vida através dos olhos de um marido cansado
Comendo semente como um passatempo
O tóxico de nossa cidade, de nossa cidade,

Ei, o que você quer com o mundo?
O que você possui é desordem, desordem,
Agora, em algum lugar entre o silêncio sagrado
Silêncio sagrado e sono
Em algum lugar, entre o silêncio sagrado e sono
Desordem, desordem, desordem

Mais madeira para os incêndios deles, vizinhos barulhentos
Devaneio de lanterna pegos nos faróis de um caminhão
Comendo sementes como um passatempo
O tóxico de nossa cidade, de nossa cidade,

Ei, o que você quer com o mundo?
O que você possui é desordem, desordem,
Agora, em algum lugar entre o silêncio sagrado
Silêncio sagrado e sono
Em algum lugar entre o silêncio sagrado e sono
Desordem, desordem, desordem

Ei, o que você quer com o mundo?
O que você possui é desordem, desordem,
Agora, em algum lugar entre o silêncio sagrado
Silêncio sagrado e sono
Em algum lugar, entre o silêncio sagrado e sono
Desordem, desordem, desordem

Quando eu me tornei o sol
Eu iluminei vida nos corações do homem
Quando eu me tornei o sol
Eu iluminei vida nos corações do homem...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Uma Laranja Mecânica


Lembro-me de uma vez, em uma das adoráveis aulas de Sociologia, em que estudávamos sobre as mazelas da sociedade (violência, marginalização, pobreza) vi uma indicação no tópico de "filmes sugeridos" no livro de Pérsio Santos de Oliveira: Laranja Mecânica.
Aquilo me intrigou, não sei porque mas uma voz me dizia que eu "tinha" que assistir àquele filme. Pois bem, dito e feito. Recorri à internet para obtê-lo, mas um filme dos anos 70, onde eu encontraria um filme tão antigo?
Fiquei sabendo que o filme era baseado numa obra de um grande escritor, Anthony Burgess, considerado o "último dos literários", findou que comprei o livro, que na verdade nem li de imediato. Muitas coisas são assim: a gente compra e tal, mas não sabe se vai usar um dia, seja uma roupa, um livro, um sapato, etc., o que se sabe é que isso vai estar sempre lá, pro dia em que você precisar.
Foi quando dei mais atenção às minhas coisas, pensava comigo mesmo "pô tem um monte de livro que nunca li, apesar de tê-los faz um bom tempo!" Então peguei Laranja Mecânica e comecei a passar meus dedos sobre sua capa, isso pode parecer bizarro, mas uma sensação de que eu tinha que ler aquele livro tomou conta de mim.
Foi o que eu fiz. Li o livro, e pensava: "Que doidera é essa? Que palavras são essas? De onde esse cara as tirou? Isso é incrível, incrível, uma das melhores coisas que já li."
O livro é simplesmente fantástico, perverso, cruel, sarcástico, imoral, mas se for lê-lo a fundo, perceberás que ele tem uma mensagem bacana, o que difere dos outros livros de ficção científica algo bem distante de Steven Spielberg em muitos aspectos. Laranja Mecânica é o tipo de livro que todo mundo tem que ler, apesar de a leitura parecer absurda no seu início, mas quando atingido o ápice da mesma, é impossível não querer saber como termina a história. Que fim afinal levará Alex DeLarge?

SOBRE O LIVRO:

"Laranja Mecânica (A Clockwork Orange no original) é um livro de Anthony Burgess escrito em 1962. Conta a história de Alex, um garoto que juntamente com outros jovens da sua gangue (Pete, Georgie e Tosko, também chamado no filme de Jim) praticam roubos, espancamentos, estupros por toda uma Londres arrasada de um futuro indeterminado. Alex pratica a violência por puro prazer, assim como a maioria dos jovens da sua idade.
Burgess causou grande estranhamento em seus leitores por conta do vocabulário de Alex, cheio de gírias nadsat - termos eslavos e palavras rimadas que exigem dedução para o entendimento.
O livro chocava também por sua violência e os conflitos éticos que cercavam o jovem Alex, suas punições e a sociedade.
Seu título provém de uma expressão anglo-saxã "As queer as a clockwork orange", ou, em uma tradução simplificada, "Tão bizarro quanto uma laranja mecânica".
Foi adaptado ao cinema por Stanley Kubrick em 1971.

ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA:

Ambientado numa Inglaterra num futuro indeterminado, o filme mostra a vida de um jovem, chamado Alex DeLarge, cujos gostos variam de música clássica (Beethoven), a estupro e ultraviolência. Ele é o líder de uma gang de arruaceiros, aos quais se refere como "druguis" (palavra originária do russo druk, amigo). Alex narra a maioria do filme em "Nadsat", um idioma que mistura o russo, o inglês e o cockney (por exemplo, rozzer é polícia, drugo é amigo, chavalco é cara, moloko é leite). Alex é irreverente e abusa dos demais; mente para seus pais para faltar da escola.
Alex leva seus droogs a invadir uma casa, golpeiam um escritor que vive nela e estupram a sua esposa, enquanto Alex canta Singin' In The Rain. Depois, lida com uma tentativa de golpe de um seus droogs subordinados.
Depois de faltar às aulas, seduz a duas adolescentes em uma loja de discos; apesar de não reconhecer o nome de suas estrelas favoritas, este as leva para sua casa e tem relações sexuais com ambas.
Posteriormente, Alex é capturado durante um assalto, traído por seus droogs (um ao qual Alex tinha cortado a parte superior da mão direita por ter desrespeitado sua autoridade na gang). Alex é golpeado no rosto com uma garrafa de leite e fica cego, de forma temporária, na cena do crime. Essa cegueira permitirá sua captura. Depois de ser preso, descobre que a vítima do roubo morreu: Alex é um assassino. É sentenciado a 14 anos de prisão.
Depois de ter cumprido dois anos de prisão, ele consegue a liberdade condicional, e se submete ao tratamento Ludovico, uma terapia experimental de aversão, desenvolvida pelo governo como estratégia para deter o crime na sociedade. O tratamento consiste em ser exposto a formas extremas de violência, como ver um filme muito violento. Alex é incapaz de parar de assistir, pois seus olhos estão presos por um par de ganchos. Também é drogado antes de ver os filmes, para que associe as ações violentas com a dor que estas lhe provocam.
O tratamento o torna incapaz de qualquer ato de violência (nem mesmo em defesa própria), bem como de tocar uma mulher nua. Como efeito secundário, também não consegue ouvir a 9ª Sinfonia de Beethoven — que era sua peça favorita.
Sem a capacidade de se defender, e de ter sido desalojado por seus pais (estes alugaram sua casa a um hóspede, entregado seu som e tesouros, e aparentemente mataram Basil, sua cobra de estimação), Alex desanimadamente perambula por Londres. Ele encontra a velhas vítimas e dois de seus antigos droogs (agora policiais) que lhe golpeiam e quase afogam.
Alex vaga pelos bosques até chegar à casa do escritor cuja esposa havia estuprado. O escritor o deixa entrar antes de descobrir sua identidade; logo, droga a Alex através de uma garrafa de vinho que ele o faz beber e tenta fazê-lo se suicidar tocando uma versão eletrônica da Nona Sinfonia de Beethoven. Alex se joga de uma janela, mas sobrevive.
Depois de uma grande recuperação no hospital, Alex parece ser o de antes. No hospital, o Ministro de Interior (que havia antes selecionado Alex pessoalmente para o tratamento Ludovico) visita Alex, desculpando-se pelos efeitos do tratamento, dizendo que só seguia as recomendações de sua equipe. O governo oferece a Alex um trabalho muito bem remunerado se ele aceitar apoiar a eleição do partido político conservador, cuja imagem pública se viu seriamente danificada pela tentativa de suicídio de Alex e o polêmico tratamento ao qual foi submetido. Antecipando seu regresso, Alex narra o final do filme: "Definitivamente, estava curado" enquanto se vê em uma fantasia surreal dele mesmo transando com uma mulher na neve, rodeado por damas e cavaleiros vitorianos aplaudindo, e pode-se escutar o último movimento da Nona Sinfonia ao fundo.
(Fonte: Wikipédia)


Enfim, isso é Laranja Mecânica, algo diferente de tudo o que eu já vi, e de tudo que eu já li.

O Retorno

Ai, ai... Faz tempo que abandonei este meu filho... e agora sinto falta de escrever nele. O bom filho sempre retorna a casa paterna, neste caso. O mau pai, que abandona o seu filho, retorna para buscá-lo. Aqui é o meu refúgio... Aqui é onde eu coloco os meus pensamentos, meio que pra esparecer, ou pra organizar as ideia. Esse é o meu retorno ao blog que eu criei. E que de uns tempos pra cá anda às moscas!!! Oh tristeza, quisera ser um P. C. para viver também de blog.