segunda-feira, 9 de março de 2009

Resistência - A história de uma mulher que desafiou Hitler


Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres posto um trecho do livro de Agnès Humbert, Resistência - A história de uma mulher que desafiou Hitler. Fala sobre mulheres na guerra, muito interassante pois nada é fictício todos os fatos são puramente verídicos... Agnès pode representar o símbolo da luta, coragem e resistência feminina.

Krefeld, 15 de janeiro de 1943

...Já faz 15 dias que opero sozinha minha máquina, com as mãos e os braços queimados pelas viscose. Meu pé não me dá descanso. Os carrinhos parecem muito pesados de empurrar; as bandejas de seda, muito difíceis de erguer. Na máquina, tudo racha e se quebra, e me irrito mais do que as palavras são capazes de expressar. Eu, que não sabia o que era chorar, aprendi aqui. Diariamente, na saída do trabalho, as lágrimas escorrem pelo meu rosto. Não sinto vergonha, nem tenho o pudor de desfarçar. Henriette me conduz, faz e desfaz minha toruxa de roupas civis no vestiário, pois o estado dos meus dedos me impede de desamarrar um barbante. A dedicação de Henriette é espantosa! Só tenho um consolo: saboto o melhor que posso. Quando uma "torta" se mostra particularmente bem-feita, eu a esfrego com força na bandeja. Enquanto está molhada, ninguém é capaz de ver que a seda não é perfeita. Quando secar, os fios estarão tão eriçados e impossíveis de desembaraçar. Também tenho uma boa artimanha, que ponho em prática com frequência, que consiste em quebrar as rodas dentadas sob a máquina e deixar determinados panelões inutilizáveis o dia todo, no mínimo, pois o mecânico tem muito a fazer e felizmente não costuma estar disponível. Quando consigo sucesso numa sabotagem, sinto o coração mais leve. É uma espécie de cerimônia expiatória... peranta a minha consciência.
Meu pé dói casa vez mais, o enchaço aumenta, a cor se torna sinistra e o odor, infecto. Finalmente concordam em me levar ao posto de saúde. Herr Scherer, o enfermeiro, a nata dos corajosos, exige, com perplexidade estampada no rosto, me ver diariamente.
Eu ainda estava meio adormecida hoje de manhã quando Tonton passou pela minha cama e viu minhas mãos. Ela é médica, e minhas mãos a interessam.
_ Puseram pomada ontem - disse ela -, eles exageraram...
Semi-acordada, respondo:
_ Chegue mais perto, sua boba. Isto não é pomada, é pus.

domingo, 8 de março de 2009

O Dia Internacional das Mulheres


No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

"A mulher, é a força matriz da humanidade, o fluxo sanguíneo, nas artérias do planeta terra".

sexta-feira, 6 de março de 2009

Behind Blue Eyes (Limp Bizkit)


Atrás dos Olhos Azuis

Ninguém sabe como é
Ser o homem mau
Ser o homem triste
Atrás dos olhos azuis

Ninguém sabe como é
Ser odiado
Ser destinado
Para contar apenas mentiras.

Mas meus sonhos não são vazios,
Como minha consciência parece ser
Eu tenho horas, sozinho
Meu amor é a vingança
Que nunca está livre.

Ninguém sabe como é
Sentir esses sentimentos
Como eu sinto
E eu culpo você.

Ninguém engana-se dificilmente
Na sua raiva
Nada de minha dor é como a desgraça que
Pode mostrar a verdade.

Mas meus sonhos não são vazios,
Como minha consciência parece ser
Eu tenho horas, de pura solidão
Meu amor é a vingança
Que nunca está livre.

Ninguém sabe como é
Ser maltratado
Ser derrotado
Atrás dos olhos azuis.

Ninguém sabe como falar
Que está arrependidos
E não se preocupe
Não estou mentindo.

Mas meus sonhos não são vazios,
Como minha consciência parece ser
Eu tenho horas, de pura solidão
Meu amor é a vingança
Que nunca está livre.

Ninguém sabe como é
Ser o homem mau
Ser o homem triste
Atrás dos olhos azuis.