domingo, 4 de setembro de 2011

"O que é Ciência?"

Quando dizemos que alguém está “ciente” de alguma coisa, queremos dizer que ela “tem conhecimento”, “sabe do que se trata”. Esse exemplo pode ser aproximado do conceito habitual de ciência.
Sendo assim, a ciência pode ser transmitida e propagada de um indivíduo para outro através de diversas maneiras. Ao longo dos anos, diversos conceitos foram utilizados para defini-la. Contudo, como um ser humano difere do outro em suas formas de pensar e agir, esse conceito recebeu diversas abordagens. Ora, a ciência se tratava de um conjunto de conhecimentos empíricos, que vêm da experiência, daí o termo experimental, e passa então a agregar apenas conhecimentos específicos de determinada área de conhecimento.
René Descartes, célebre filósofo, físico e matemático francês foi quem nos deu essa primeira noção de ciência: algo que possui método, especificidade e objeto de estudos. A partir de então houve uma espécie de “separação” das ciências naturais (cujo objeto de estudo seria a própria natureza), das ciências humanas (que abriga o conjunto de conhecimentos acerca do homem). Tal divisão também pode ser vista nos trabalhos de Augusto Conte, um dos fundadores da sociologia, o qual queria fundamentar a sociologia com métodos, objetivos e objeto de estudo definido, no propósito desta se ocupar em como a sociedade deveria ser utilizando elementos das ciências naturais, sendo portanto a mais complexa das ciências por ter um objeto de estudo vivo, dotado de senso crítico: um organismo complexo.
Os tempos modernos mostraram que o domínio das ciências e tecnologias se tornaram sinônimos de poder. Isto nos dias de hoje justifica o desenvolvimento social, econômico, político e cultural de uma nação. Aqueles que investiram em aparatos tecnológicos se tornaram detentores do capital, donos do meio de produção.
No decorrer da história humana tal conhecimento também pôde ser usado para oprimir nações, destruir sociedades, aniquilar a espécie humana e gerar outros males originários das guerras que mancharam o século passado de vermelho, marcado como um dos mais sanguinários períodos sofridos pela humanidade.
A ciência num sentido filosófico sempre esteve em atrito com as religiões, uma vez que é desprovida de dogmas e portanto leva em consideração a liberdade de expressão, de pensamento e o livre arbítrio. Ocupa-se portanto, em responder “como”, já que a filosofia se encarrega de explicar o “por quê”, facilitando assim a vida do homem. Contudo, não pode ser vista como aquilo que preverá o que vai acontecer, mas sim a probabilidade de algo acontecer. Faço minha as palavra de Einstein quando diz que nossa ciência pode parecer primitiva e infantil se comparada com a realidade, porém é coisa mais preciosa que temos.

*Texto produzido durante uma atividade da aula de "Química Geral II".

Referências Bibliográficas:
- DESCARTES, Renné. "Discurso do Método". Editora Escala, 2004.
- GIDDENS, Anthony. "As Consequências da Modernidade".
- HUXLEY, Aldous. "Admirável Mundo Novo", Editora Globo, 2006.

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